quinta-feira, 14 de abril de 2011

Civilizações perdidas da Amazônia


Os primeiros relatos dos colonizadores europeus que navegaram pela região amazônica davam conta da existência de cidades douradas e de mulheres guerreiras. Falavam também de grandes tribos ao longo dos rios. Gaspar de Carvajal, padre que integrou a primeira expedição ao Amazonas, chefiada, em 1542, por Francisco Orellana, descreveu-as assim: “Não há distância de um tiro de balestra entre a última construção de uma aldeia e a primeira de outra. E nossos barcos navegam 5 léguas entre o início e o fim de cada aldeia”. O capitão Altamiro, da expedição de Aguirre, em 1559, arriscou um cálculo para estimar a população local. “Fomos recebidos por não menos que 300 canoas e em cada uma vinham dez índios.” Durante séculos esses relatos foram tomados como pura fantasia, até pela ciência.

De duas décadas para cá, porém, descobertas arqueológicas não deixam dúvidas de que a região abrigou cidades muito maiores do que as que foram descobertas pelos europeus, que mantinham entre si relações de poder e hierarquia, faziam alianças, comercializavam e, é claro, guerreavam. O indício mais recente dessas civilizações foi descoberto pelo arqueólogo Michael Heckenberger, da Universidade da Flórida. Em seu trabalho, publicado em outubro na revista americana Science, Heckenberger conta que localizou no Alto Xingu, nordeste do Mato Grosso, vestígios de grandes agrupamentos ligados por estradas e com construções sofisticadas, como pontes e barragens defensivas. “A complexa rede de comunicação entre as aldeias comprova a existência de uma grande civilização”, diz.
Carlos Fausto, antropólogo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, co-autor do estudo, conta que foram mapeados 19 sítios arqueológicos da época pré-Cabral. “Algumas aldeias chegavam a ter 500 metros quadrados e abrigavam entre 7500 e 15000 habitantes”, afirma. Com o auxílio de satélites GPS (sigla em inglês para Sistema de Posicionamento de Global), o trabalho mapeou os caminhos que ligavam as aldeias. Eles tinham entre 10 e 50 metros de largura e até 5 quilômetros de extensão. “Pudemos localizar intervenções na paisagem original, como aterros, valas, barreiras de contenção”, afirma o pesquisador Heckenberger.
As cidades se pareciam com as aldeias atuais: as residências ficavam em torno de uma praça central, que servia como área para práticas religiosas. “No entorno dos povoamentos, encontramos fossos com até 3 metros de profundidade que, provavelmente, serviam para proteger os habitantes.” A conclusão derruba a teoria de que a Amazônia foi uma floresta virgem, intocada.
A pesquisa no Alto Xingu mostra apenas uma das várias sociedades complexas daquela região. “Elas existiam em outras partes da Amazônia, na Bolívia, no trecho do rio Amazonas quase inteiro, no médio e baixo Orinoco e em outras áreas”, afirma Michael Heckenberger. “Em 1492, a Amazônia era provavelmente uma área de enorme variabilidade cultural, com grupos regionalmente interligados.”

Berço do Brasil

Provas das complexas sociedades amazônicas não são propriamente novidade. A civilizaçãomarajoara, que prosperou entre os séculos 2 e 12, na ilha de Marajó, e a tapajônica, que ocupou a região de Santarém (ambas no Pará) até o século 16, são dois exemplos conhecidos. No geral, em todas houve grandes intervenções humanas na paisagem.
Os marajoaras, por exemplo, erguiam aterros com até 10 metros de altura e centenas de metros de comprimento sobre os quais construíam suas casas, tudo para evitar as cheias. “Havia intercâmbio entre as diferentes civilizações, como mostram os elementos comuns na iconografia e nas artes”, diz Eduardo Góes Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP). A confluência dos rios Negro e Amazonas também abrigou uma grande civilização. Na região, estudada por uma equipe do MAE desde 1997, foram descobertos vestígios de atividade humana, como a terra preta, uma cobertura não natural, fruto do acúmulo de material orgânico, onde foram encontrados restos de cerâmica, pedra lascada e outros resíduos que indicam a presença do homem no local há até 3 mil anos. “Pelo volume de material encontrado, podem ter vivido ali cerca de 15 mil pessoas no século 16”, diz Eduardo.

Arqueologia via satélite

O uso do GPS (Sistema de Posicionamento Global) foi fundamental para a pesquisa do arqueólogo Michael Heckenberger. O equipamento fornece as coordenadas e a altitude de qualquer ponto na Terra. Com o sistema, foi possível mapear a dimensão das aldeias e descobrir as alterações no solo que foram encobertas pela vegetação. Só assim foi possível detectar o traçado das estradas (em vermelho), pontes (em azul) e valas (em preto). As áreas verdes representam a cobertura vegetal atual e as que aparecem em roxo são os rios e áreas alagadas

Geólogos americanos encontram artefatos do que pode ser a civilização mais antiga das Américas


Os artefatos datam de mais ou menos 15.500 anos atrás, o que pode colocar essa civilização antes mesmo do fóssil de Luzia, considerado o humano mais antigo das Américas. Geólogos da Universidade Baylor, junto com cientistas da Universidade A&M do Texas, encontraram vestígios arqueológicos do que pode ser a mais antiga evidência de ocupação humana das Américas. A descoberta foi feita em um sítio arqueológico localizado a 60 quilômetros de Austin, capital do Estado texano. 
“Essa descoberta reescreverá, por assim dizer, e mudará tudo o que sabíamos sobre a colonização pré-histórica das Américas do Sul, Central e do Norte”, afirmou o doutor Lee Nordt, reitor do Colégio de Artes e Ciências da Universidade Baylor e um dos autores do estudo. “O que diferencia este estudo é que conseguimos mostrar, usando métodos geológicos, que os artefatos encontrados datam de antes da era Clovis (tida como a mais antiga civilização americana). Isso demonstra, claramente, que o povoamento das Américas ocorreu muito antes do que se imaginava.” 
Pelos últimos 100 anos, arqueologistas norte-americanos acreditavam que o povo Clovis tivesse sido o primeiro a entrar nas Américas, há cerca de 13 mil anos. O Brasil contesta essa teoria, pois já foi encontrado, em Minas Gerais, um fóssil mais velho, o de Luzia, considerada a mais antiga representante dos povoadores da América e com idade calculada entre 11.400 e 16.400 anos - mas, ao contrário dos Clovis, os novos artefatos datariam de 15 mil anos atrás. 
No sítio arqueológico Debra L. Friedkin, no centro do Estado do Texas, os pesquisadores encontraram cerca de 16 mil artefatos pertencentes a esse povo. A maior parte eram restos de alguma manufatura, mas 50 deles eram ferramentas, como facas e projéteis. Sua idade está estimada em cerca de 15.500 anos. 
A descoberta se transforma na maior e mais antiga coleção de artefatos sobre a ocupação humana nas Américas datando de antes do período Clovis. Os exemplares coletados foram analisados e estudados em laboratório, comprovando não apenas a idade dos artefatos, como o fato de que eles permaneceram intocados por todo esse tempo, desde o que em que foram descartados. 
“Não existe nenhuma evidência de que tenha havido erosão ou movimentação do solo quando o sítio foi formado que possa ter redistribuído significantemente o material arqueológico”, disse o professor Steve Driese, integrante do grupo de pesquisa. “Essa decoberta foi essencial. Existe uma série de fósseis e artefatos arqueológicos encontrados tanto na América do Sul quanto na do Norte que datam de antes do período Clovis, mas as evidências eram poucas. Este estudo comprova que havia uma civilização americana de fato antes do que se pensava.” 
Os geólogos da Universidade de Baylor também afirmam que não há dúvidas de que os artefatos tenham sido manufaturados por pessoas. Apesar disso, mais pesquisas precisarão ser feitas no local para definir quem era esse povo, de onde vieram e como se adaptaram àquele ambiente específico. O estudo também abre a oportunidade para que se entenda mais a civilização Clovis.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pirâmides na Bósnia

A cada ano novos e intrigantes sítios arqueológicos vão sendo descobertos em todo o mundo. Pirâmides nas florestas tropicias sul-americanas, no interior da China, nos mares do Japão e outros locais vão evidenciando que o passado da Humanidade não é exatamente como nossos livros de ciência contam.

Agora, para impressionar mais ainda, foram descobertos, há alguns anos, estruturas piramidais nos Bálcãs, mais precisamente na Bósnia-Herzegóvina, sofrido país europeu e muçulmano que se independizou após sangrente guerra.

Inúmeros cientistas têm desmentido que essas “pirâmides naturais” sejam obra de mãos humanas. No entanto, recentes descobertas de alguns pesquisadores, entre os quais o jovem arqueólogo bósnio Semir Osmanagic, na cidade de Visoko, a noroeste da capital Sarajevo, confirmam que as diversas pirâmidas naturais não são tão naturais assim: foram encontrados ao longo das montanhas blocos criados por alguma civilização avançada.

Esses blocos já descobertos pesam no mínimo 7 toneladas, e algumas chegam a alcançar 23 toneladas cada. Osmanagic, eufórico, afirma: “O complexo das pirâmides é similar aos do Peru, do México e da Bolívia”.

Semir Osmanagic explica que o complexo de pirâmides abriga no mínimo quatro estruturas piramidais de portes gigantescos, batizadas com os nomes de pirâmides do Sol, da Lua, do Dragão e do Amor.
Em todas essas pirâmides, Osmanagic informa que foram achadas, além de pedras esculpidas por seres humanos e degraus, portas, corredores e passadiços, também tábuas de pedra contendo inscrições com símbolos ainda não decifrados, como podemos observar nas imagens do GnosisOnline no site Flickr.

Se aceitas oficialmente pela arqueologia moderna – coisa difícil, dado o ceticismo crônico da ciência moderna -, essas serão as primeiras pirâmides europeias descobertas, fazendo crer que essas estruturas estão literalmente espalhadas por todos os continentes, à exceção da Oceania. Por enquanto.

Assista o vídeo e veja as pirâmides bósnias e seus detalhes arqueológicos.



Fonte: http://www.gnosisonline.org/

Descoberto ancestral distante do crocodilo no RS

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS) anunciaram a descoberta de fósseis de um parente distante dos crocodilos atuais que viveu há 240 milhões de anos e tinha hábitos gregários, desconhecidos até agora.

A novidade científica foi descrita em artigo assinado pelo doutorando em Biologia da USP de Ribeirão Preto Marco Aurélio Gallo de França, bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), seu orientador Max Cardoso Langer e o paleontólogo Jorge Ferigolo, da FZB/RS, publicado pela revista alemã Naturwissenschaften no dia 29 de março e apresentada pelos autores à imprensa brasileira, em Porto Alegre.

O material foi encontrado no município de Dona Francisca, na região central do Rio Grande do Sul, pelos paleontólogos Jorge Ferigolo, Ana Maria Ribeiro e Ricardo Negri, do Museu de Ciências Naturais da FZB/RS, que faziam buscas na região com apoio do Projeto Pró-Guaíba, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2001.

O grupo conseguiu remover um bloco de rocha de meia tonelada no qual estavam crânios de predadores do Triássico. Os fósseis ficaram depositados no museu e, em 2007, passaram a ser estudados por França, Langer e Ferigolo. As conclusões começaram a ser publicadas agora e, segundo os autores, indicam a descoberta de uma nova espécie, com tamanho próximo de 2,5 metros de comprimento, pertencente ao grupo de répteis denominado de Rauisuchia, ao qual estão associados os parentes distantes dos crocodilos.

A novidade, no entanto, está nos hábitos do animal, mais complexos que os descritos para o grupo dos arcossauros, ao qual pertencia, da mesma era. "Pensava-se que os Raiusuchia eram do topo da cadeia alimentar e viviam sozinhos. A descoberta de que uma das espécies vivia em conjunto quebra esse paradigma", avalia França.

Os fósseis estudados pelos pesquisadores indicam que o réptil tinha atividades grupais como, possivelmente, a caça. Os estudiosos chegaram a esta conclusão pela observação do material. Dos restos de dez indivíduos encontrados, nove estavam sobrepostos. "Isso indica um comportamento social; eles estavam próximos antes de morrer", afirma o doutorando.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,descoberto-ancestral-distante-do-crocodilo-no-rs,700089,0.htm

Homossexual das cavernas descoberto por arqueólogos checos

Esqueleto foi enterrado seguindo as tradições femininas de 5 mil anos atrás!

Equipa de arqueólogos checa descobre esqueleto de um homem, mas com a cabeça virada a oeste, deitado sobre o lado esquerdo, sem armas e com vasos ovais ao lado. Segundo costumes da época (Idade do Bronze), estes factos indicam que o homem era homossexual ou travesti.

A descoberta – numa escavação perto de Praga – mereceu honras de publicação na prestigiada revista Time. Os arqueólogos julgam que estão perante um homossexual que viveu entre os anos 2900 e 2500 antes de Cristo.

A confirmar-se esta teoria, com fortes argumentos a suportá-la, estaremos perante o primeiro homossexual da História. A líder da equipa de arqueólogos que chegou a estas conclusões não acredita que tenha havido um equívoco no funeral do homem, enterrado segundo as tradições reservadas a uma mulher.

“Nesse período, as pessoas levavam os funerais muitíssimo a sério. A História e a etnologia dizem-nos que não é crível que, numa cerimónia como esta, tenha havido algum equívoco”, realça Kamila Vesinova.

As conclusões não podem, no entanto, ser definitivas. Os investigadores acreditam que estão perante um homossexual, um travesti ou um homem que era visto na sociedade com as características de uma mulher.

Fonte:http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/inacreditavel/2011/04/07/272881-homem-das-cavernas-gay-e-descoberto-na-republica-tcheca

Cientista descobre fóssil de inseto com 315 milhões de anos

Inseto deixou cópia na lama, que petrificou

Cerca de 315 milhões de anos atrás, um inseto pousou num lugar enlameado, ficou ali por um tempo e saiu voando.
Espantosamente, a impressão daquele inseto na lama, com aproximadamente 3,8 cm de comprimento, se solidificou e sobreviveu até hoje.
"Ele deixou uma cópia perfeita de seu corpo", disse Richard J. Knecht, curador-assistente do Museu de Zoologia Comparativa de Harvard, que descobriu o fóssil em rochas de arenito no Sudeste de Massachusetts.
"Praticamente tudo está ali, exceto pelas asas."
Já foram encontrados fragmentos de insetos voadores - no geral, apenas as asas - datando de até 325 milhões de anos atrás. O fóssil de Massachusetts oferece a visão mais antiga, e talvez de melhor qualidade, de um inseto voador da antiguidade. Knecht procurava por fósseis perto de um pântano e encontrou um afloramento de rocha promissor. "O primeiro pedaço que peguei estava naturalmente fendido", contou. "Eu o abri como um livro, e ali estava o fóssil, as duas metades, como num molde".
Knecht explicou que, há 315 milhões de anos, este lugar era próximo à lateral de uma montanha acentuada, onde sedimentos se acumulavam rapidamente. Logo depois de o inseto voar dali, a marca foi enterrada e preservada.
Pelo formato do inseto, Michael S. Engel, entomologista da Universidade do Kansas, o identificou como da classe Ephemeroptera, um dos primeiros grupos de insetos voadores. "Ele seria bastante similar aos insetos de hoje", afirmou Knecht.
Knecht, Engel e Jacob S. Benner, paleontólogo da Tufts University, descreveram a impressão do fóssil num artigo publicado em "The Proceedings of the national Academy of Sciences".

Fonte: New York Times
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5074326-EI8147,00-Descoberto+fossil+de+inseto+com+milhoes+de+anos.html

Pré-história pulsa no Parque Nacional Serra da Capivara - Piauí


Percorrer as trilhas do Parque Nacional Serra da Capivara, no sudeste do Piauí, é como viajar rumo à pré-história do território que hoje constitui o Brasil. A reserva, reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade, abriga a maior concentração de sítios arqueológicos conhecidos de todo o continente americano %u2014 são 976 %u2014, com direito a fósseis da extinta megafauna e múmias de crianças indígenas sepultadas há milhares de anos.

Embora a principal atração do parque seja a arte rupestre, os paredões verticais e os cânions também saltam aos olhos. Imponentes monumentos naturais, como a Pedra Furada, fazem da serra um museu a céu aberto cercado de uma paisagem exuberante, apesar de se situar em pleno semiárido brasileiro.

A cidade mais próxima dali é São Raimundo Nonato, que abriga o moderníssimo Museu do Homem Americano, oferece boas opções de hospedagem e uma deliciosa culinária típica, baseada na carne de bode. Pegue a estrada e encare essa aventura.

Parque é santuário da arte rupestre


Mesmo depois de milhares de anos, as pinturas do Parque Nacional Serra da Capivara continuam nítidas, o que intriga os pesquisadores. Figuras mostram caça, danças, rituais, sexo e animais da antiga fauna local, como o mamífero que dá nome à região.

O sudeste do Piauí é um excelente destino para quem gosta de história e mistério. No Parque Nacional Serra da Capivara, estão catalogados, atualmente, 976 abrigos naturais apontados como sítios arqueológicos — também chamados de tocas —, 654 deles com pinturas rupestres. Entre esses últimos, 172 estão abertos à visitação. Paga-se R$ 10 por dia para ter acesso a uma infinidade de trilhas, além de R$ 50 pelo serviço do guia (o preço vale para um grupo de até 10 pessoas). Mas são tantas opções que torna-se impossível conhecer todas elas em um dia. Por isso, o ideal é reservar pelo menos uma semana para a viagem.

A capivara, espécie que habita as margens de rios e lagos, apesar de dar nome ao parque, deixou de viver na região há milhares de anos. Só é vista em imagens gravadas nos abrigos. Assim como ela, outros animais desenhados nas rochas — como o veado-galheiro e a tartaruga gigante — comprovam que o sertão do Piauí já foi uma região de clima tropical úmido. Além da fauna pré-histórica, as pinturas rupestres retratam o cotidiano dos antigos habitantes da região, com cenas de caça, dança, rituais e sexo.

Pesquisadora da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), a arqueóloga Gisele Daltrini Felice explica que, até o momento, só se conhece a matéria-prima do pigmento básico das pinturas. A cor vermelha, predominante nas figuras piauienses, se deve ao minério de ferro retirado das rochas da região. Mas o fixador da tinta, que permitiu à arte rupestre permanecer tão nítida por milhares de anos, ainda é uma incógnita para a ciência.

As pinturas por si mesmas já justificariam incluir a Serra da Capivara no seu próximo roteiro de férias. Mas esse universo encantador vai muito além da superfície dos desenhos. Quem embarca nessa aventura pode se surpreender tanto com as descobertas paleontológicas quanto com a beleza da caatinga. Conheça a seguir os principais pontos a serem visitados, destacados por importância histórica, beleza natural e facilidade de acesso.

Patrimônio cultural

Simplesmente imperdível é o roteiro conhecido como circuito do Boqueirão da Pedra Furada, em que as principais atrações são adaptadas a cadeirantes, com rampas e passarelas. O acesso à entrada principal do parque se dá pela BR-020, no pequeno município de Coronel José Dias (a 36km de São Raimundo Nonato). Os turistas contam com um centro de totalmente estruturado, com lojas de suvenires, um minimuseu de peças paleontológicas, banheiros e uma lanchonete.

Uma curta caminhada leva ao Boqueirão da Pedra Furada, sítio que abriga a mais importante e mais polêmica descoberta arqueológica na região: vestígios de uma fogueira com datação de 50 mil anos. Suas paredes abrigam pinturas sobrepostas, nas cores vermelha, branca e amarela, de diferentes épocas de ocupação. Esse passeio é o único que pode ser feito à noite. O visual dos desenhos primitivos sob a luz de refletores, em meio ao barulho dos bichos noturnos na mata, é emocionante. O passeio tem custo de R$ 50 por grupo de até 12 pessoas.

Imagem mais famosa da serra, a Pedra Furada não pode ficar de fora do roteiro. Ao pé do monumento natural, há um anfiteatro, palco do Festival Cultural Acordais, realizado no início do mês de novembro, com muita música, dança e teatro apresentados por artistas locais e nacionais. O local já abrigou eventos internacionais e serviu de cenário para gravações de uma parte do filme Onde está a felicidade?, dirigido por Carlos Alberto Riccelli e estrelado pela atriz Bruna Lombardi. A produção tem previsão de lançamento para este ano.

Perto dali está a Toca do Sítio do Meio, a segunda mais importante do parque. Nela, foram encontrados os vestígios de uma fogueira com datação de 22 mil anos e a machadinha de pedra polida mais antiga das Américas. As pinturas rupestres do local estão desgastadas, mas ainda dá para identificar registros importantes, como o desenho de um ser humano coletando mel, segundo interpretações dos historiadores.

A jornalista Gabriela Lima do Correio Brasiliense viajou a convite da Assimptur, da Gol e da Associação São-Raimundense dos Empreendedores de Turismo.

Fonte: http://www.saoraimundo.com/noticias/headline.php?n_id=10090

terça-feira, 12 de abril de 2011

Arqueologia


O QUE É ARQUEOLOGIA

Arqueologia (do grego, « arqué », antigo ou poder, e « logos », discurso depois estudo, ciência) é a disciplina científica que estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social, isto é, que estuda as sociedades, podendo ser tanto as que ainda existem, quanto as já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis (como por exemplo um objeto de arte, as vénus) ou objetos imóveis (como é o caso das estruturas arquitetônicas). Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo homem no meio ambiente.
A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida. Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como a reconstrução da vida dos povos antigos.
Em alguns países a arqueologia é considerada como uma disciplina pertencente à antropologia; enquanto esta se centra no estudo das culturas humanas, a arqueologia dedica-se ao estudo das manifestações materiais destas. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de cerâmica como um elemento cronológico que ajudaria a pôr uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os antropólogos veriam o mesmo objeto como um instrumento que lhes serviria para compreender o pensamento, os valores e a própria sociedade a que pertenceram.

INVESTIGAÇÃO ARQUEOLÓGICA:

A investigação arqueológica relaciona-se fundamentalmente à pré-história e às civilizações da antiguidade; no entanto, ao longo do último século, a metodologia arqueológica aplicou-se a etapas mais recentes, como a Idade Média ou o período industrial. Na atualidade, os arqueólogos dedicam-se cada vez mais a fases tardias da evolução humana, como a arqueologia industrial.
A investigação arqueológica necessita do auxílio de vários outros ramos científicos (ciências naturais e sociais), assim como é importantíssimo adquirir o conhecimento empírico da população que nos envolve no dia-a-dia, pois a fonte oral é quase sempre o ponto de iniciativa para o desenvolvimento de algum estudo. Costuma-se dizer que "cada velho que morre é uma biblioteca que arde", pois é informação que se perde.
A investigação não é só a recolha de artefatos durante uma escavação ou somente a pesquisa bibliográfica, o contacto humano é muito importante.
Uma investigação arqueológica começa pela investigação bibliográfica ou, em alguns casos, pela prospecção, que faz parte do levantamento arqueológico. Há uma grande diferença entre prospecção e sondagem, a primeira é para o levantamento e a segunda é o que dá inicio a escavação propriamente dita.
No levantamento é sempre importante se observar as especificidades de um local: A abrupta mudança de coloração do solo (camadas estratigráficas), a presença de plantas não nativas, a presença de animais,etc...
Apesar de toda a dedicação, a arqueologia é amostral, porque trabalha com vestígios, e não a totalidade da história do local.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia

Investigação arqueológica

A investigação arqueológica relaciona-se fundamentalmente à pré-história e às civilizações da antiguidade; no entanto, ao longo do último século, a metodologia arqueológica aplicou-se a etapas mais recentes, como a Idade Média ou o período industrial. Na atualidade, os arqueólogos dedicam-se cada vez mais a fases tardias da evolução humana, como a arqueologia industrial.
A investigação arqueológica necessita do auxílio de vários outros ramos científicos (ciências naturais e sociais), assim como é importantíssimo adquirir o conhecimento empírico da população que nos envolve no dia-a-dia, pois a fonte oral é quase sempre o ponto de iniciativa para o desenvolvimento de algum estudo. Costuma-se dizer que "cada velho que morre é uma biblioteca que arde", pois é informação que se perde.
A investigação não é só a recolha de artefatos durante uma escavação ou somente a pesquisa bibliográfica, o contacto humano é muito importante.
Uma investigação arqueológica começa pela investigação bibliográfica ou, em alguns casos, pela prospecção, que faz parte do levantamento arqueológico. Há uma grande diferença entre prospecção e sondagem, a primeira é para o levantamento e a segunda é o que dá inicio a escavação propriamente dita.
No levantamento é sempre importante se observar as especificidades de um local: A abrupta mudança de coloração do solo (camadas estratigráficas), a presença de plantas não nativas, a presença de animais,etc...
Apesar de toda a dedicação, a arqueologia é amostral, porque trabalha com vestígios, e não a totalidade da história do local.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueologia

Complexo Arqueológico Serras da Paridas em Lençóis - Bahia


Os últimos cinco anos foram ricos em descobertas arqueológicas na Bahia, que agora vive uma fase de aprender a explorar estes recursos, de maneira que a população saiba valorizar e preservar o patrimônio.

Descoberta em 2005 e aberta ao público há apenas três anos, a Serra das Paridas, em Lençóis, Chapada Diamantina, é um exemplo de como o patrimônio pré-histórico pode ser uma fonte de pesquisa e conhecimento sobre as origens do homem pré-colombiano, e ao mesmo tempo atração turística.

O assunto foi um dos discutidos durante o V Seminário de Arte Rupestre da UFBA, patrocinado pelo Ipac (Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia) que aconteceu de 23 a 25 de agosto em Lençóis, juntamente com a III Reunião da Associação Brasileira de Arte Rupestre.

A fazenda onde se localiza o sítio arqueológico é propriedade particular. Segundo Renato Hayne, da agência de turismo que explora o local, no ano passado, terceiro ano da abertura, quatro mil visitantes estiveram na Serra.

Os estudos estão no começo. Considera-se que há 18 diferentes sítios na propriedade, mas apenas três estão abertos ao público. A Serra das Paridas possui uma coleção extensa de pinturas rupestres, cuja autenticidade foi atestada pelo professor Carlos Etchevarne, argentino radicado na Bahia há 20 anos e que dirige o departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Quando ocorreu a descoberta das pinturas em grandes rochas de arenito (a uma distância de 35 quilômetros do centro de Lençóis), ele foi chamado pelo dono da propriedade para verificar se o achado tinha mesmo valor científico. Não há dúvida quanto a isso. Mas os avanços são lentos, em uma área em que as suposições são muitas e as certezas poucas.

O métodos de datação existentes não permitem descobrir a idade das pinturas. Há uma tentativa em curso, através de uma técnica ainda em fase de testes, batizada de paleomagnetismo. Sabe-se que os metais presentes na tinta são atraídos pelo campo magnético do planeta. O campo magnético oscila, por razões desconhecidas e de maneira aleatória.

Como já existe um mapeamento histórico desta oscilação do magnetismo da terra, acredita-se que seja possível determinar a época em que ocorreu a pintura, de acordo com a direção em que os metais da tinta se fixaram ao secar.

O método vem sendo testado com sucesso na datação de cerâmicas indígenas com idade aproximada de 500 anos. Em relação à arte rupestre estão sendo colhidas amostras em sítios na Bahia, para tentar determinar a validade de se aplicar o mesmo mecanismo de medição.

Além de mais antiga, a arte rupestre é mais complexa, porque é comum que desenhos de novos indivíduos ou grupos ocupantes da região sejam sobrepostos aos mais antigos, formando camadas de desenhos. Nas pedras do sítio de Lençóis é bem visível esta sobreposição de desenhos com idades distintas.

A maior parte do que está pintado são formas geométricas. Porém repete-se com freqüência a figura de mulheres de cintura larga e pernas abertas sugerindo o momento do parto. Daí o nome de Serra das Paridas, termo comum no interior para designar a mulher que teve filho recentemente. Parte das pinturas pode ser vista de longe, antes da subida da trilha preparada pelos administradores da serra para orientar os visitantes.

Sem dúvida é um sistema de comunicação. A intenção era indicar algo”, interpreta Etchevarne sobre os desenhos mais visíveis. E adverte que não se pode ir mais longe na interpretação, nem mesmo especulando sobre o que se desejava indicar. Outras pinturas estão escondidas e vão sendo descobertas aos poucos.
Rastros do passado distante em Serras da Paridas

COMO PRESERVAR

Uma das preocupações em sítios arqueológicos é não precipitar escavações. “Quando se faz uma escavação se altera o cenário original”, ensina o antropólogo da UFBA. Ele ressalta que o fato de não haver meios de datar os achados, torna ainda mais clara a necessidade da preservação, para garantir a fonte de dados quando tais recursos forem desenvolvidos.

“Há 50 anos não havia o Carbono 14 e hoje é um método mundialmente aceito para datações”, exemplifica Etchevarne, lamentando que não sirva para determinar a idade das pinturas nas rochas. Por outro lado, o conhecimento escasso sobre origem e significado traz riscos para a preservação.

Nos debates realizados durante o Seminário, os pesquisadores mencionaram que muitas vezes os desenhos são vistos como criação de povos primitivos e nada mais, como se fosse algo de pouco valor. Com a execução no país de obras de infra-estrutura como hidrelétricas e estradas, há sítios que ficarão ameaçados, caso sua importância não seja reconhecida.

Um dos momentos de maior repercussão no evento, foi o relato sobre o trabalho em Nova Olinda, município da Chapada do Araripe, no Ceará. A pequena cidade, com apenas 5 mil habitantes na sede, recebe 33 mil visitantes por ano, em função dos achados arqueológicos relacionados ao “homem do Cariri”.

Segundo a arqueóloga cearense Rosiane Limaverde, o envolvimento da comunidade na gestão do patrimônio é total. Crianças e adolescentes participantes do projeto gerenciam o museu, são guias e ajudam nos trabalhos de campo.

Comprometimento semelhante os estudiosos esperam ver estendido a todas as regiões que possuem este tipo de patrimônio. No final do Seminário, foi lançado o Manifesto de Lençóis, propondo uma Campanha Nacional de Preservação de Sítios de Arte Rupestre.

Fonte: Fonte: http://www.atarde.com.br/cienciaevida/?p=8955

Descoberta arqueológica pode ser o Jardim do Eden

Um pastor curdo, andando sozinho no deserto em 1994 fez o que pode ser a maior descoberta arqueológica de todos os tempos. Uma descoberta que pode revolucionar a história das religiões e desvendar a verdade sobre as histórias bíblicas do Jardim do Éden.
Andando com seu rebanho em uma tarde de verão ele encontrou duas pedras com um formato estranho. Voltando a aldeia resolveu contar sobre seu achado. Afinal as pedras poderiam ser algo importante.

Poucas semanas depois a notícia da descoberta do pastor de ovelhas chegou ao conhecimento dos curadores do museu da cidade de Sanliurfa que entrou em contato com o German Archaeological Institute em Istanbul e, no final de 1994 o arqueólogo alemão Klaus Schmidt chegou ao sítio de Gobekli Tepe. O que o Sr. Schimdt encontrou pode mudar a história da humanidade.

Em um momento de rara concordância, arqueólogos de todo o mundo concordam com a importância do sitio de Gobekli Tepe. E deixa a grande maioria deles estupefatos e excitados. Uma descoberta digna dos filmes de Indiana Jones, só que na vida real, documentada e registrada.

O que o pastor de ovelhas encontrou foi a parte superior de dois monólitos em forma de T as primeiras de um sítio muito maior composto de monumentos, paredes e colunas de pedras, cobertas de entalhes de animais: Javalis, patos, serpentes, leões.

Os entalhes apresentam algumas figuras que parecem humanas, com os braços estilizados e, funcionalmente, todo o conjunto parece ser um templo ou um lugar para rituais.

Para datação, foram escavadas 45 destas “pedras” que estão organizadas em círculos, mas medições geomagnéticas indicam que existem algumas centenas de outras pedras esperando para ser escavadas.

Até agora é isso. Gobekli Tepe poderia entrar para a história como sendo o Stonehenge turco não fossem alguns fatores que tornam esse sitio único, chegando ao limite do fantástico e extraordinário.

O primeiro detalhe surgiu da datação por carbono. As pedras têm entre 12000 e 13000 anos. Ou seja, foram construídas 10.000 anos antes de Cristo. Para comparação, as pedras de Stonehenge foram levantadas 3000 anos antes de Cristo e as pirâmides de Gizé são datadas de 2500 anos antes de Cristo. Colocando o sitio de Gobekli Tepe como o mais antigo achado arqueológico da história, batendo os concorrentes com vantagem astronômica.

As pedras são anteriores a idade do bronze, a escrita, a cerâmica. São anteriores a tudo que conhecemos e como diabos os homens das cavernas fizeram tal obra?

O Sr. Schimdt especula que, durante décadas, grupos de caçadores ocuparam o lugar durante a construção, vivendo em tendas e caçando e comendo. Pontas de flechas encontradas no local suportam essa versão e confirmam a datação dos monumentos.

Por si só, a revelação que caçadores pré-tudo, tiveram a capacidade de construir um monumento como o encontrado em Gobekli Tepe, muda toda a concepção histórica que temos da evolução humana. Dotando os homens deste período de uma sofisticação inimaginável até agora. Quase como se os Deuses tivessem descido dos céus para construir Gobekli Tepe por conta própria.

É aqui que entra a conexão bíblica.

O Sr. Schimdt acredita que Gobekli Tepe seja um templo do que conhecemos hoje como o Jardim do Éden. Para entender como um cientista chega a uma conclusão destas precisamos entender que, para muitos de nós, o Jardim do Éden não passa de uma lenda ou uma metáfora da pureza da humanidade no começo dos tempos.

Para os estudiosos a história contém uma função didática e pode ter sido uma forma de registrar os traumas sofridos quando fomos forçados a deixar a caçada pela agricultura. Como está descrito na bíblia, logo no primeiro livro, de forma poética.

Sabemos que a mudança foi traumática por que fósseis da época mostram que os efeitos dessa mudança. As pessoas cresciam menos e menos saudáveis enquanto seus corpos se adaptavam a nova dieta e aos rigores da agricultura primitiva. Certamente essa mudança não foi realizada por vontade própria. Alguns historiadores acreditam na extinção de animais ou em fatores climáticos capazes de forçar essa mudança.

O Sr. Schimdt acredita em outra possibilidade.

“Para criar este templo, os caçadores devem ter se reunido aqui em grande número. E, uma vez que a obra estava concluída, devem ter se congregado em adoração. Neste momento eles devem ter percebido que seria impossível alimentar tanta gente com caçadas e coleta… então eu acredito que a religião tenha motivado a agricultura.”

Para suportar essa versão está a certeza histórica de que, a mudança para a agricultura ocorreu nesta mesma região. O que não sabemos ainda é o que motivou essa mudança. Os primeiros porcos e ovelhas domesticados são de uma região a cem quilômetros de Gobkli Tepe. O trigo que comemos hoje descende do trigo plantado nas colinas de Gobekli Tepe a milhares de anos e cereais como o arros e a aveia também podem ter sua origem traçada até essa região do mundo.

Isso não é tudo. Além de mudarem para uma forma mais trabalhosa de vida esses primeiros fazendeiros tiveram que enfrentar um desastre ecológico. O estudo do solo da região deserta que temos hoje indica que há 10.000 anos essa região foi um verdadeiro “paraíso” na Terra. Uma região cortada por rios, planícies, montanhas e vales verdejantes. A agricultura destruiu tudo isso, talvez no primeiro desastre ecológico da história.

Há medida que campos eram plantados e árvores derrubadas o micro clima da região mudou, a terra foi exposta a erosão e a terra da fartura tornou-se a terra do suor e trabalho árduo.

Por certo, alguns vão dizer que essas teorias não passam de pura especulação, por mais evidência histórica que as comprovem.

A Bíblia nos diz que o Éden estava entre 4 rios incluindo o Tigre e o Eufrates. GobeKli Tepe está entre o Tigre e o Eufrates. Um texto assírio antigo coloca Beth Eden (a casa do Éden) a 100 km de onde está Gobekli Tepe. Um outro livro do antigo testamento diz que as crianças do Eden estavam em Thelasar, uma cidade síria próxima a Gobekli Tepe. A própria palavra Eden tem origem na palavra suméria para planície e Gobekli Tepe se encontra na planície de Harran.

Quando colocamos tudo isso junto com as recentes descobertas históricas e o suporte de descobertas anteriores ficamos claramente tentados a colocar o Eden em Gobekli Tepe. Se assim for, parece que a coisa acabou mal. Foram encontrados esqueletos (Crânios) adultos no que pode ter sido os primeiro rituais de sacrifício humano da história.

Há, mais ou menos, 8000 anos os habitantes da região enterram todas as construções de Gobekli Tepe em toneladas de areia, criando as colinas artificiais onde o pastor de ovelhas costuma levar seu rebanho para pastar.

Eu praticamente traduzi a matéria original, por achar que valia a pena. O autor do texto original também escreveu um livro: The Genesis Secret by Tom Knox is published by Harper Collins on March 9, priced £6.99. To order a copy (P&P free), call 0845 155 0720. Aguardo, anciosamente, minha cópia.

Fonte: http://www.depijama.com/

A “maior descoberta da história da arqueologia” pode revelar principais segredos do Cristianismo

O governo da Jordânia tenta repatriar livros feitos de chumbo que, segundo suspeitas de especialistas, parecem ser os mais antigos da história cristã, tendo sobrevivido quase 2 mil anos em uma caverna do país do Oriente Médio.

As relíquias, que estão atualmente em Israel, poderiam trazer à luz novos dados para nosso entendimento sobre o nascimento do cristianismo e sobre a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo.

O conjunto de cerca de 70 livros – cada um com entre 5 e 15 “folhas” de chumbo presas por aros de chumbo – foi aparentemente descoberto em um vale remoto e árido no norte da Jordânia, entre 2005 e 2007.

Uma enchente expôs dois nichos dentro da caverna, um deles marcado com um menorá, candelabro que é símbolo do judaísmo.

Um beduíno jordaniano abriu os nichos e o que encontrou ali dentro parece ser uma extremamente rara relíquia dos primórdios do cristianismo.

Essa é a visão do governo da Jordânia, que alega que os livros foram contrabandeados para Israel por outro beduíno.

O beduíno israelense que atualmente guarda os livros nega tê-los contrabandeado e alega que as antiguidades são peças que sua família possui há cem anos.

O governo jordaniano disse que fará “todos os esforços, em todos os níveis” para repatriar as relíquias.

Valor histórico

O diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia, Ziad Al-Saad, diz que os livros parecem ter sido feitos por seguidores de Jesus nas décadas seguintes a sua crucificação.

“Talvez eles sejam mais significativos que os pergaminhos do Mar Morto (relíquias descobertas nos anos 1940 que contêm textos bíblicos)”, disse Saad.

“Talvez eles precisem de mais interpretação e conferência de autenticidade, mas a informação inicial é muito animadora. Parece que estamos diante de uma descoberta importante e significativa, talvez a mais importante da história da arqueologia.”

Ante alegações tão fortes, quais são as provas?

As “folhas” dos livros – a maioria delas do tamanho de um cartão de crédito – contêm textos escritos em hebraico antigo, a maior parte em código. Se as relíquias forem de fato de origens cristãs, em vez de judaicas, são de grande significado.

Um dos poucos a ter visto a coleção é David Elkington, acadêmico que estuda arqueologia religiosa e líder de uma equipe britânica empenhada em levar os livros a um museu na Jordânia.

Elkington alega que os livros podem ser “a maior descoberta da história cristã”.

“É de tirar o fôlego a ideia que tenhamos contato com objetos que podem ter sido portados pelos primeiros santos da Igreja.”

O acadêmico diz que as relíquias contêm sinais que seriam interpretados, pelos cristãos da época, como imagens de Jesus e de Deus e da “chegada do messias”.

Na “capa” de um dos livros “vemos o menorá de sete ramificações, o que os judeus eram proibidos de representar porque ele residia no local mais sagrado do templo, na presença de Deus”, explica Elkington. “Assim, temos a vinda do messias para obter a legitimidade de Deus.”

Para Philip Davies, professor emérito de estudos do Velho Testamento da Universidade de Sheffield, afirma que a prova mais contundente da origem cristã das relíquias está em um mapa feito da cidade sagrada de Jerusalém.

“Há uma cruz em primeiro plano e, atrás dela, está o que seria a tumba (de Jesus), um pequeno edifício com uma abertura e as muralhas da cidade. Outras muralhas representadas em outras páginas dos livros quase certamente se referem a Jerusalém”, diz Davies, que afirma ter ficado “estupefato” com as imagens, “claramente cristãs”.

A cruz é o que mais chama a atenção dos especialistas, feita no formato de um T maiúsculo, como eram as cruzes que os romanos usavam para crucificações.

“É uma crucificação ocorrida fora dos muros da cidade”, diz Davies.

Margaret Barker, especialista em história do Novo Testamento, ressalta que o local onde acredita-se que as relíquias tenham sido encontradas denota sua origem cristã – e não puramente judaica.

“Sabemos que, em duas ocasiões, grupos de refugiados dos distúrbios em Jerusalém rumaram a leste, atravessaram a Jordânia perto de Jericó e foram para perto de onde esses livros parecem ter sido achados.”

Ela acrescenta que outra prova da “proveniência cristã” é que as relíquias são em formato de livros, e não de pergaminhos. “Os cristãos eram particularmente associados com a escrita na forma de livros e guardavam os livros como parte da secreta tradição do início do cristianismo.”

O Livro das Revelações se refere a esses textos guardados.

Outro possível elo com a Bíblia está contido em um dos poucos fragmentos de texto que foram traduzidos das relíquias. O fragmento, acompanhado da imagem do menorá, diz: “Devo andar honradamente”, frase que também aparece no Livro das Revelações.

Ainda que a frase possa simplesmente significar um sentimento comum no judaísmo, pode também se referir à ressurreição.

Testes

Não está esclarecido se todos os artefatos descobertos são parte do mesmo período, mas testes feitos no chumbo corroído dos livros indica que eles não foram feitos recentemente.

A arqueologia dos primórdios do cristianismo é especialmente esparsa ainda. Pouco se sabe dos desdobramentos após a crucificação de Jesus até as cartas escritas por Paulo, décadas mais tarde.

A história contida nas relíquias parecem ser, assim, a descoberta de maior escala até agora dessa época do cristianismo, em sua terra de origem e em seus primórdios.

Fonte: BBC Brasil

Antropólogo desmente teoria sobre o fim do mundo em 2012

A pedra do calendário maia que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para Dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira em Tabasco, sudeste do México.
A peça é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, e está incompleta. «No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum dos seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar», enfatizou José Luis Romero, subdirector do Instituto Nacional de Antropologia e História.

Na pedra está escrita a data de 23 de Dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para este dia. Até uma produção de Hollywood, «2012», foi lançada apresentando esse cenário de Apocalipse.

«No pouco que se pode ler, os maias referem-se à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico», afirmou Romero.

A data gravada em pedra refere-se ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu Romero.

Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=60&id_news=502628