sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Homo sapiens é 100 mil anos mais velho do que se pensava


O Homo sapiens, espécie à qual pertencemos, não data de 200.000 anos como se acreditava até agora. Cientistas determinaram que crânios, ossos de membros e dentes de, ao menos, cinco indivíduos encontrados em uma colina no Marrocos têm cerca de 300 mil anos de idade, uma revelação bombástica no campo da antropologia.



Antes da descoberta no sítio chamado Jebel Irhoud, localizado entre Marrakech e o litoral marroquino do Oceano Atlântico, os fósseis de Homo Sapiens mais antigos que a ciência conhecia eram de um sítio etíope chamado Omo Kibish–que se estima ter 195 mil anos.
“Esta descoberta representa a origem da nossa espécie, trata-se do Homo sapiens mais velho já encontrado na África e em qualquer outro lugar”, explicou o francês Jean-Jacques Hublin, coautor da pesquisa e diretor do Departamento de Evolução Humana do Instituto Max Planck em Leipzig, na Alemanha.
“O ninho dos fósseis humanos” encontrado em excelente estado de conservação durante escavações iniciadas em 2004 no sítio de Jebel Irhoud, no noroeste do Marrocos, continha os restos de pelo menos cinco indivíduos: três adultos, um adolescente e uma criança.
Os pesquisadores descobriram que “o rosto de um destes primeiros Homo sapiens é [igual] ao de qualquer pessoa com a qual poderíamos cruzar no metrô”, afirmou Hublin, cuja pesquisa foi publicada na revista Nature junto com outro estudo que aponta na mesma direção.
Seu crânio, no entanto, é bastante diferente do visto no Homem atual. “Ainda há uma longa evolução à frente antes de chegar a uma morfologia moderna”, afirmou este professor.
A datação destes fósseis foi obtida por Daniel Richter, especialista do Instituto de Leipzig, por meio da termoluminescência, uma técnica muito comum utilizada desde os anos 1980.
A equipe de arqueólogos encontrou também neste local, situado a 400 km ao sul de Rabat, fósseis inestimáveis, como uma mandíbula, “provavelmente a mais bela de um Homo sapiens jamais encontrada na África”, disse Hublin.
Os Homens de Jebel Irhoud destronam assim o Omo I e Omo II, descobertos em Omo Kibish, na Etiópia, e datados de 195.000 anos.
Também na Etiópia foram encontrados três fósseis de crânios datados de 160.000 anos.

Coexistência com outras espécies

Estas descobertas realizadas na mesma região fizeram pensar que o Homem atual era descendente de uma população localizada no leste da África. Uma teoria que, com o encontrado em Jebel Irhoud, é completamente questionada.
Além disso, os utensílios achados nesse local junto com nossos ancestrais – essencialmente pontudos – são típicos do que se conhece como Middle Stone Age (“Idade Média da Pedra”, em tradução livre).
“Já haviam descoberto este tipo de objeto, igualmente datados de 300.000 anos, em várias partes da África, mas não sabiam quem os teria fabricado”, explicou Daniel Richter.
Agora, os pesquisadores consideram que podem associar a presença dos utensílio da Middle Stone Age à do Homo sapiens.
“Com certeza, antes de 300.000, antes de Jebel Irhoud, houve uma dispersão de ancestrais de nossa espécie no conjunto do continente africano”, disse Hublin. “O conjunto da África participou desse processo”.
O Homo sapiens arcaico, o Homo erectus e o Neandertal podem ter coexistido não apenas em regiões distantes, mas também em zonas próximas.
“Portanto, durante muito tempo houve várias espécies de Homens no mundo, que se cruzaram, coabitaram, trocaram genes…”, explicou à AFP o paleoantropólogo Antoine Balzeau, que não participou da descoberta no Marrocos.
“Nos distanciamos cada vez mais desta visão linear da evolução humana como uma sucessão de espécies”, concordou Hublin.

Sobrevivência por sorte?

Balzeau advertiu contra a tendência de acreditar que o Homo sapiens sobreviveu ao resto das espécies por ser superior. “Durante muito tempo exageramos as características do Homo sapiens, sobretudo as capacidades de nosso cérebro”.
Mas estudos recentes mostraram que “não havia grandes diferenças em termos de valor, comportamento ou complexidade entre o Homo sapiens e o Neandertal”. “É frustrante, mas não sabemos o motivo pelo qual continuamos a existir e os outros desapareceram. Acreditamos muitas vezes que somos uma conquista evolutiva, mas se deve também à sorte de continuarmos aqui!”.
*Com informações de Reuters e AFP

DESCOBERTA NO MÉXICO A MAIOR PIRÂMEDE DO MUNDO


Arqueólogos descobriram uma terceira pirâmide dentro do templo de Kukulkán, no México, conhecido como uma das sete maravilhas do mundo moderno

A pirâmide de Kukulkán, na Península de Yucatán, no México. (Divulgação)

Pesquisadores no México descobriram uma imensa pirâmide, ainda maior que a Pirâmide do Sol de Teotihuacan. Ela tem  75 metros de altura e foi explorada por especialistas do Instituto Nacional de Antropologia e História. Está localizada na acrópole de Tonina, Chiapas e é provável que tenha cerca de 1.700 anos de idade.
O diretor da zona arqueológica, Emiliano Gallaga, diz que o trabalho, feito ao longo de dois anos, verificou que a porção nordeste do local era, na verdade, a maior pirâmide no México. É comparável às pirâmides encontradas em Tikal e El Mirador da civilização maia.
Uma característica única é que existem  sete plataformas que servem como palácios, templos, habitação e que eram essencialmente  escritórios para administração. Essa estrutura única funcionava dentro da estrutura sócio-cultural, religiosa e política.

Fonte: http://veja.abril.com.br/

Descobertos na Argentina ossos de um dos maiores dinossauros do mundo

Os fósseis do Notocolossus foram encontrados na província argentina de Mendoza e têm cerca de 86 milhões de anos.

Um grupo de paleontólogos anunciou ter descoberto na Argentina os ossos fósseis do dinossauro “Notocolossus, um dos maiores animais terrestres conhecidos”, disseram nessa quinta-feira (21) fontes da investigação científica.



Reprodução
Evidência sugere que o Notocolossus foi um dos animais mais pesados já descoberto na Terra
O grupo de investigadores, liderado pelo especialista argentino Bernardo González Riga, descobriu “uma nova espécie que se encontra entre os maiores dinossauros conhecidos pela ciência”, afirmou a equipe. Os fósseis, encontrados na província argentina de Mendoza, têm cerca de 86 milhões de anos.
A nova espécie “proporciona aos cientistas uma informação-chave sobre a anatomia da extremidade traseira dos tiranossauros gigantes”, considerados geralmente como os maiores animais terrestres que existiram. Segundo comunicado divulgado por González Riga, a “evidência sugere que foi um dos animais mais pesados já descoberto na Terra”.
“Apesar do caráter incompleto do esqueleto impedir a realização de estimativas precisas do seu tamanho, o úmero (osso do braço) tem 1,76 metrosde comprimento, sendo maior do que o e qualquer outro tiranossauro conhecido.” O paleontólogo acrescentou que o animal teria entre 25 e 28 metros de altura e pesaria entre 40 e 60 toneladas.

O deserto do Saara já abrigou o maior lago de água doce do mundo

O LAGO CHADE, VISTO DA APOLLO 7 (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Saara nem sempre foi do jeito que é hoje. O maior deserto do mundo é relativamente novo se comparado a grandes períodos históricos. Quer provas? O Lago Chade revela as mudanças da região causadas pelo clima. Apenas 6 mil anos atrás, o Chade era maior do que todos os cinco Grandes Lagos americanos juntos (uma área total de 244 mil quilômetros quadrados)! É isso mesmo, o maior lago de água doce do mundo deu origem ao maior deserto que conhecemos. Assustador em tempos de crise hídrica.
O Lago Chade ainda existe e 70 milhões de pessoas dependem de sua água. No entanto, o lago não é quase nada do que costumava ser. Seu volume total diminuiu drasticamente desde década de 1960. E ainda a versão recente, da década de 1950, não se compara ao antecessor, conhecido como Palaeolago Mega-Chade.
A existência de um Paleolago gigante é comprovada pela ciência. O Chade atingiu o pico em tamanho a 6 mil anos atrás, mas estava perto de sua maior extensão a cerca de 11 mil e 5 mil anos atrás. Ele chegou a 360 mil quilômetros quadrados, cem vezes maior que sua extensão atual. A nível de comparação, o Mar Cáspio, maior lago do mundo, mede 371 mil quilômetros quadrados.
Crise hídrica?
Embora a retração mais recente seja resultado do desmatamento e consumo humano, a maior parte da redução é consequência de alterações climáticas no continente africano. Isso aconteceu surpreendentemente rápido. Os autores do estudo concluem que o sul do Saara secou em um período de apenas algumas centenas de anos, cerca de 5 mil anos atrás.
"Este registro fornece forte evidência terrestre que o período úmido africano terminou abruptamente”, concluem os autores.

Sítio arqueológico próximo de Roma pode ser maior que Pompéia

Um grupo de pesquisadores descobriu no sítio arqueológico de Ostia Antica, a 25,2 km de Roma, uma parte ainda desconhecida da antiga cidade, que seria maior do que Pompéia, destruída no século I por uma erupção do Vesúvio. 
A descoberta foi possível graças a um trabalho conjunto de autoridades e estudiosos italianos e de duas universidades britânicas (Southampton e Cambridge).

Foram encontrados torres, armazéns e parte da muralha de Ostia, permitindo aos pesquisadores reconstituir integralmente a sua planta. Por meio da técnica da magnetometria, que utiliza o campo magnético da Terra para investigar estruturas sob a superfície, os geofísicos conseguiram identificar os antigos muros enterrados, o traçado das ruas e as estruturas presentes no subsolo. 

"Sobre os muros, em intervalos regulares, se evidenciam grandes torres de 6 x 8 metros. Entre o rio Tibre e as muralhas os estudiosos identificaram pelo menos quatro grandes edifícios, dos quais três apresentam características similares àqueles já escavados em Ostia. O maior tem uma planta de 83 x 75 metros", disse a superintendente para os bens arqueológicos de Roma, Mariarosaria Barbera. o"> 

Ostia Antica foi uma cidade romana fundada no século IV a.C. 

Inicialmente, funcionou como um forte, mas logo ganhou importância como distribuidora de mercadorias pelo Mediterrâneo. 

Fonte: https://noticias.uol.com.br/