Mostrando postagens com marcador Arqueologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Arqueologia. Mostrar todas as postagens

sábado, 16 de julho de 2011

Arqueólogos acham peças de engenho de 1580

Uma descoberta arqueológica em São Vicente está ajudando a elucidar um período pouco documentado da história brasileira: o início do ciclo da cana-de-açúcar no País, que começou com os engenhos do litoral paulista. Escavações nas ruínas do Porto das Naus descobriram dois tanques de caldo de cana e mais de 400 fragmentos de peças usadas no engenho de Jerônimo Leitão, construído em 1580 na área próxima ao primeiro trapiche alfandegado do Brasil.

"Esses tanques eram utilizados para fazer melado e torrões de açúcar, que eram levados para Portugal. Acreditamos que tenham entre seis e dez deles nessa área", explica o arqueólogo Manoel Mateus Gonzalez, quecomemora a descoberta das duas estruturas circulares feitas com grandes pedras, com raios de 2,2 metros e de 1,5 metro.
Entre as peças encontradas, Gonzalez destaca os fragmentos de "formas de pão de açúcar" - peças de cerâmica com pequeno orifício na extremidade, onde o melado era colocado depois de cozido para passar por decantação. Delas saíam torrões de açúcar para então serem levados à "casa  de purgar", onde eram limpos, purificados, divididos e classificados segundo a qualidade.
Relatos históricos contam que o engenho de açúcar de Jerônimo Leitão funcionou junto à área do Porto das Naus de 1580 até pelo menos 1615, quando corsários comandados pelo pirata holandês Joris Van Spilbergen incendiaram a Vila de São Vicente. Antes do engenho, o Porto das Naus consistia em um atracadouro de madeiras em estacas, que foi instalado oficialmente por Martim Afonso de Sousa em 1532, mas que desde 1510 já era utilizado por Antônio Rodrigues e João Ramalho, o "Bacharel de Cananeia".
As escavações no Porto das Naus começaram em maio do ano passado e os tanques são a primeira grande descoberta do projeto, realizado pelo Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas (Cerpa) em parceria com a Prefeitura de São Vicente. As ruínas ficam em área de mil metros quadrados, bem próximas à Ponte Pênsil, e são tombadas pelos órgãos de patrimônio municipal e estadual e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5899788/arqueologos-acham-pecas-de-engenho-de-1580.aspx

sábado, 30 de abril de 2011

MANUSCRITOS DE QUMRAN

HISTÓRICO   
  
Em 1947 na Palestina, nos arredores do vilarejo de Khirbet Qumran, perto do lado ocidental do Mar Morto, foram encontrados por acaso uns antigos manuscritos que revelaram-se uma extraordinária descoberta arqueológica, cujas conseqüências ainda não estão completamente esclarecidas. Infelizmente, por mais de 30 anos, os encontrados desta descoberta foram estritamente monopolizados, através de um verdadeiro seqüestro, a fim de impedir o acesso ao mundo acadêmico internacional. Serão preciso muitos anos, apesar do encomiável trabalho de pesquisadores independentes, para limpar nossos conhecimentos do material qumraniano das parcialidades interpretativas que ainda inundam o assunto. 


Em 1947 quando o Estado de Israel ainda não tinha nascido, o lado leste do Mar Morto ficava em território jordaniano, e o lado ocidental sob o protetorado inglês. Naquela época as ruas que levavam à lagoa eram poucas e muito ruins, e a região ao redor a pátria dos Beduins, os quais mudavam para cá e para lá seus acampamentos e seu gado. Naquela altura, um jovem pastor árabe, Mohammed adh-Dhib, que estava iscando sua cabra, descobriu por acaso uma série de ingressos de grutas no flanco de uma perigosa escarpa, próxima da aldeia de Khibet Qumran. O beduim entrou e encontrou no interno muitos jarros abandonados. Voltou novamente com um amigo para recuperar os jarros (podiam ser usados para a água) quando os dois descobriram que nos jarros encontravam-se alguns rolos de pele embrulhados em tecidos consumidos. 

 

A história da descoberta é obscura, não bem esclarecida, até que nunca poderemos saber quantos manuscritos foram originariamente encontrados pelos beduins, nem se alguém tem ainda alguns manuscritos escondidos. Em 1954 alguns manuscritos acabaram no cofre do hotel Waldorf Astoria de New York, de onde saíram quando o governo israelita os comprou por 250.000 dólares (ajudado por um rico benfeitor). Outros manuscritos chegaram no Museu Rockfeller, na parte leste de Jerusalém, na época em mão jordaniana. Nasceram assim duas diferentes comissões independentes: uma chefiada por Yigael Yadin, em Israel, a outra, controlada por Padre de Vaux, um sacerdote católico, na Jordânia. Hoje, os manuscritos são conservados no Museu de Israel, no assim chamado Shrine of the book.
Por causa do péssimo relacionamento entre os dois países, as comissões trabalharam sobre os manuscritos de forma completamente independente, sem possibilidade nenhuma de comunicação, com todos as desvantagens da situação. É claro que o resultado de cada comissão precisava ser confrontado com o da outra, mas isso era impossível.

 

O problema foi resolvido em 1967 quando, seguida a guerra dos seis dias, a parte leste de Jerusalém passou para as mãos israelitas e tudo o que aí se encontrava se tornou de propriedade do governo de Israel como despojos de guerra, inclusive os rolos de Qumran conservados no Rockfeller Museum. É engraçada e significativa a reação a este acontecimento do Padre de Vaux. Se conta que, até o material permaneceu em mão jordaniana e que havia sido impedido que os hebreus tivessem acesso aos manuscritos, e que, quando eles passaram sob a autoridade israelita, de Vaux ficou literalmente enfurecido e aterrorizado pela idéia de perder o controle do material qumraniano. Algum motivo estava pressionado-o a manter o material sob seu controle. Baigent, Leigh e Lincoln narram que de Vaux era um dominicano que tinha sido enviado, em 1929, à École Biblique de Jerusalém onde primeiro foi professor e depois diretor. Era um homem carismático, enérgico, autoritário e carola.

O governo israelita, que em 1967 estava ocupado em assuntos muitos diferentes que os manuscritos do Mar Morto, deixou a de Vaux a responsabilidade de supervisionar o trabalho de análise e lhe deu o encargo de formar e dirigir uma equipe internacional, com o compromisso de publicar o mais rápido possível os resultados das pesquisas.
Claramente, a expressão “equipe internacional” faz pensar numa precisa intenção de criar um grupo amplo, caraterizado pela presença de diferentes componentes que pudessem dar garantia de uma gestão não parcial do trabalho. Mas as coisas não andaram assim. Os israelitas não foram convidados a fazer parte do grupo, e todos os componentes selecionados eram todos católicos, não laicos, e com uma ideologia com uma forte conotação: Franck Cross, do McCormick Theological Seminary. Chicago; monsenhor Patrick Skehan, diretor do Albright Institute; Padre Jean Starcky, da École Biblique; Padre Maurice Baillet, francês; Padre Josef Milik, polonês; apenas um tal John Allegro não era um personagem tão claramente enquadrado com os outros. Mas a sua presença não foi tolerada por muito tempo. Logo foi extraditado e substituído por John Strugnell, que oferecia maiores garantias de alinhamento. Em prática se pode dizer que Padre de Vaux, expoente da asa mais tradicionalista e conservadora da igreja romana, criou um restrito grupo de católicos.
os manuscritos encontrados a Khirbet Qumran abriram a porta de uma longa série de incômodas perguntas sobre os primeiros cristãos.? De fato, nos rolos se encontram elementos que, além de mostrar evidentes ligações com o cristianismo das origens, põem em seria discussão alguns fundamentos da mesma doutrina e da interpretação histórica da figura de Jesus Cristo.

Mas em 1992, depois de 25 anos de monopólio absoluto da equipe, a situação começou a mudar. Sobretudo pela enorme quantidade de críticas internacionais contra o absurdo de um pequeno grupo de pesquisadores, tratar como propriedade privada materiais arqueológicos daquela extraordinária importância, e muitos daqueles rolos acabaram sendo publicados. Mas ainda assim fica a suspeita que parte dos documentos continuem ficando desconhecidos à coletividade. Para não falar da profunda influência cultural, que continua a condicionar o endereço interpretativo, causado por esses 25 anos de monopólio. Serão precisos muitos anos para a situação se ajeitar até o ponto de poder avaliar o material de maneira objetiva baseada sobre posições realmente desinteressadas.. . .

 fonte:http://mucheroni.hpg.com.br
Fonte: http://www.ieadcjardimnatalia.com.br/?p=613

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lista Completa dos EVANGELHOS APÓCRIFOS


ANTIGO TESTAMENTO

1.   Apocalipse de Adão
2.   Apocalipse de Baruc
3.   Apocalipse de Moisés
4.   Apocalipse de Sidrac
5.   As Três Estelas de Seth
6.   Ascensão de Isaías
7.   Assunção de Moisés
8.   Caverna dos Tesouros
9.   Epístola de Aristéas
10.                    Livro dos Jubileus
11.                    Martírio de Isaías
12.                    Oráculos Sibilinos
13.                    Prece de Manassés
14.                    Primeiro Livro de Adão e Eva
15.                    Primeiro Livro de Enoque
16.                    Primeiro Livro de Esdras
17.                    Quarto Livro dos Macabeus
18.                    Revelação de Esdras
19.                    Salmo 151
20.                    Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
21.                    Segundo Livro de Adão e Eva
22.                    Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
23.                    Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)
24.                    Segundo Tratado do Grande Seth
25.                    Terceiro Livro dos Macabeus
26.                    Testamento de Abraão
27.                    Testamento dos Doze Patriarcas
28.                    Vida de Adão e Eva

NOVO TESTAMENTO

1.   A Hipostase dos Arcontes
2.   (Ágrafos Extra-Evangelhos)
3.   (Ágrafos de Origens Diversas)
4.   Apocalipse da Virgem
5.   Apocalipse de João o Teólogo
6.   Apocalipse de Paulo
7.   Apocalipse de Pedro
8.   Apocalipse de Tomé
9.   Atos de André
10.                    Atos de André e Mateus
11.                    Atos de Barnabé
12.                    Atos de Filipe
13.                    Atos de João
14.                    Atos de João o Teólogo
15.                    Atos de Paulo
16.                    Atos de Paulo e Tecla
17.                    Atos de Pedro
18.                    Atos de Pedro e André
19.                    Atos de Pedro e Paulo
20.                    Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
21.                    Atos de Tadeu
22.                    Atos de Tomé
23.                    Consumação de Tomé
24.                    Correspondência entre Paulo e Sêneca
25.                    Declaração de José de Arimatéia
26.                    Descida de Cristo ao Inferno
27.                    Discurso de Domingo
28.                    Ditos de Jesus ao rei Abgaro
29.                    Ensinamentos de Silvano
30.                    Ensinamentos do Apóstolo Tadeu
31.                    Ensinamentos dos Apóstolos
32.                    Epístola aos Laodicenses
33.                    Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
34.                    Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões)
35.                    Epístola de Pedro a Filipe
36.                    Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
37.                    Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
38.                    Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
39.                    Epístola do rei Abgaro a Jesus
40.                    Epístola dos Apóstolos
41.                    Eugnostos, o Bem-Aventurado
42.                    Evangelho Apócrifo de João
43.                    Evangelho Apócrifo de Tiago
44.                    Evangelho Árabe de Infância
45.                    Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
46.                    Evangelho da Verdade
47.                    Evangelho de Bartolomeu
48.                    Evangelho de Filipe
49.                    Evangelho de Marcião
50.                    Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
51.                    Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
52.                    Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
53.                    Evangelho de Pedro
54.                    Evangelho de Tome o Dídimo
55.                    Evangelho do Pseudo-Mateus
56.                    Evangelho do Pseudo-Tomé
57.                    Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
58.                    Evangelho dos Egípcios
59.                    Evangelho dos Hebreus
60.                    Evangelho Secreto de Marcos
61.                    Exegese sobre a Alma
62.                    Exposições Valentinianas
63.                    (Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros)
64.                    (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas)
65.                    História de José o Carpinteiro
66.                    Infância do Salvador
67.                    Julgamento de Pôncio Pilatos
68.                    Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
69.                    Martírio de André
70.                    Martírio de Bartolomeu
71.                    Martírio de Mateus
72.                    Morte de Pôncio Pilatos
73.                    Natividade de Maria
74.                    O Pensamento de Norea
75.                    O Testemunho da Verdade
76.                    O Trovão, Mente Perfeita
77.                    Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
78.                    Pistis Sophia
79.                    Prece de Ação de Graças
80.                    Prece do Apóstolo Paulo
81.                    Primeiro Apocalipse de Tiago
82.                    Proto-Evangelho de Tiago
83.                    Retrato de Jesus
84.                    Retrato do Salvador
85.                    Revelação de Estevão
86.                    Revelação de Paulo
87.                    Revelação de Pedro
88.                    Sabedoria de Jesus Cristo
89.                    Segundo Apocalipse de Tiago
90.                    Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
91.                    Sobre a Origem do Mundo
92.                    Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
93.                    Tratado sobre a Ressurreição
94.                    Vingança do Salvador
95.                    Visão de Paulo

ESCRITOS DE QUMRAN

1.   A Nova Jerusalém (5Q15)
2.   A Sedutora (4Q184)
3.   Antologia Messiânica (4Q175)
4.   Bênção de Jacó (4QPBl)
5.   Bênçãos (1QSb)
6.   Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
7.   Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
8.   Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
9.   Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
10.                    Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
11.                    Comentários sobre Miquéias (1Q14)
12.                    Comentários sobre Naum (4Q169)
13.                    Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
14.                    Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
15.                    Consolações (4Q176)
16.                    Eras da Criação (4Q180)
17.                    Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
18.                    Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
19.                    Gênese Apócrifo (1QapGen)
20.                    Hinos de Ação de Graças (1QH)
21.                    Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
22.                    Lamentações (4Q179/4Q501)
23.                    Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
24.                    Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
25.                    O Triunfo da Retidão (1Q27)
26.                    Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
27.                    Orações Diárias (4Q503)
28.                    Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
29.                    Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
30.                    Os Últimos Dias (4Q174)
31.                    Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
32.                    Palavras de Moisés (1Q22)
33.                    Pergaminho de Cobre (3Q15)
34.                    Pergaminho do Templo (11QT)
35.                    Prece de Nabonidus (4QprNab)
36.                    Preceito da Guerra (1QM/4QM)
37.                    Preceito de Damasco (CD)
38.                    Preceito do Messianismo (1QSa)
39.                    Regra da Comunidade (1QS)
40.                    Rito de Purificação (4Q512)
41.                    Salmos Apócrifos (11QPsa)
42.                    Samuel Apócrifo (4Q160)
43.                    Testamento de Amran (4QAm)

OUTROS ESCRITOS

1.   História do Sábio Ahicar
2.   Livro do Pseudo-Filon


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sambaquis - O que é?

Os sambaquis são depósitos de materiais orgânicos e calcários feitos ao longo do período por homens que viveram antigamente em suas proximidades. São formados por conchas, objetos de cerâmica, madeira, pedra, esqueletos humanos, restos de ossada animal, vestígio de fogueira e outros.
São encontrados em quase toda a costa brasileira e descobertos na década de 70, com tamanhos e formas variáveis. 
Os sambaquis mais antigos que se conhece são datados há 5.500 anos com aproximadamente 20 metros de altura e 100 metros de diâmetro. Os povos dos sambaquis, como eram chamados, viveram na costa brasileira, nos Estados Unidos, no Peru, no Chile e na Cordilheira dos Andes.
Eram pessoas de baixa estatura e dentes desgastados. Viviam em colônias nômades de cem habitantes no máximo. Viviam da coleta de recursos naturais e até da agricultura, onde queimavam um local para o cultivo e após o esgotamento do solo mudavam para outra localidade.


SÍTIO ARQUEOLÓGICO

Sítio arqueológico é um local, ou grupo de locais (cujas áreas e delimitações nem sempre se podem definir com precisão), onde ficaram preservados testemunhos e evidências de actividades do passado histórico (pré-histórico ou não) e que são avaliados e estudados segundo a disciplina da arqueologia.
Exemplos de sítios arqueológicos podem ser cidades antigas, necrópoles, túmulos, etc.


Sítios mais conhecidos

Os sítios mais conhecidos e estudados encontram-se na Europa, sobretudo França e no norte da Espanha, na região denominada franco-cantábrica; em Portugal, na Itália e na Sicília; Alemanha; Balcãs; Roménia e Índia. No norte mediterrâneo da África; na Austrália e Sibéria são conhecidas milhares de localidades, porém não tão estudadas, como é o caso do Brasil


Escavação arqueológica no Castelo de Silves.
Fonte: pt.wikipedia.org

ARQUEÓLOGO E ESCAVAÇÃO

Os procedimentos no sítio arqueológico possibilitam a conservação e análise dos achados. A escavação arqueológica constitui-se da aplicação de métodos e técnicas, a observação aguçada é extremamente necessária, só assim o pesquisador compreenderá o achado.
A escavação e os procedimentos in situ
"Escavar um sítio arqueológico é como comer um delicioso bolo que contém as sucessivas camadas de nossa História" . Talvez seja esta a melhor forma de ilustrar um sítio arqueológico.
O solo é composto de diversas camadas, como se fosse um grande bolo. Em uma escavação arqueológica, cada uma destas camadas contém um recheio, um recheio misterioso e fascinante. O arqueólogo é o único profissional qualificado para escavar e analisar um sítio arqueológico. Para se escolher o melhor lugar onde realizar a escavação, deve-se analisar as condições do solo, ele deve estar mais conservado possível, para que possa ser adequadamente estudado. Ao falarmos de um solo "conservado", queremos dizer que o mesmo precisa se encontrar acomodado, não ter sido "revirado".
Geralmente data-se um artefato levando em consideração sua localização nas camadas da escavação, isso quer dizer que achados que se encontram na superfície do buraco são mais recentes, já os objetos que estão em camadas mais profundas são mais antigos. Mas o arqueólogo leva em conta também as possíveis agressões que o terreno sofreu durante as sucessivas ocupações do local. Habitantes da região podem ter feito suas próprias "escavações", construindo aterros para colocar seu lixo, tumbas para seus mortos... Animais como tatus, formigas, cupins, são escavadores natos e também causam transtornos aos especialistas em arqueologia.
No sítio arqueológico geralmente é montado um mini-laboratório, para que se possa fazer as primeiras observações e catalogações dos achados. Por fim os cientistas deixam uma porção do sítio intacta, a mesma é chamada de área testemunho. Estará permitindo uma retomada das pesquisas no futuro, a partir de novas abordagens e talvez dispondo de novas tecnologias. O arqueólogo é um estudioso voltado à preservação da herança cultural humana.
A Imagem que se encontra no topo da página ilustra três partes importantes da escavação arqueológica: 1=Identificação do sítio através de vestígios superficiais, 2=Início da escavação, 3=Achado arqueológico (no caso um sepultamento).
A profissão de arqueólogo
Onde trabalham os arqueólogos? Que funções eles executam? A seguir estão descritas as respostas para estas questões.
O profissional da área de arqueologia pode trabalhar em:
• pesquisa, realizando estudos para institutos de pesquisa, museus e universidades para identificar traços da cultura e dos costumes de antigas civilizações;
• universidades, lecionando em cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) e orientando teses dos alunos;
• em preservação e recuperação do patrimônio histórico — prédios ou regiões tombadas como patrimônio histórico e cultural da União;
• prestação de serviços em assessoria e consultoria para empresas — na área de engenharia, para coleta de objetos arqueológicos em áreas onde poderão ser realizadas grandes obras, como estradas e hidrelétricas;
• em empresas ligadas à preservação do patrimônio histórico.