quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Jordânia exige repatriação da maior descoberta arqueológica cristã da história

O governo da Jordânia tenta repatriar livros feitos de chumbo que, segundo suspeitas de especialistas, parecem ser os mais antigos da história cristã, tendo sobrevivido quase 2 mil anos em uma caverna do país do Oriente Médio.

As relíquias, que estão atualmente em Israel, poderiam trazer à luz novos dados para nosso entendimento sobre o nascimento do cristianismo e sobre a crucificação e a ressurreição de Jesus Cristo.

O conjunto de cerca de 70 livros - cada um com entre 5 e 15 "folhas" de chumbo presas por aros de chumbo - foi aparentemente descoberto em um vale remoto e árido no norte da Jordânia, entre 2005 e 2007.
Uma enchente expôs dois nichos dentro da caverna, um deles marcado com um menorá, candelabro que é símbolo do judaísmo.
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Caverna inundada onde as reliquias foram encontradas.


Um beduíno jordaniano abriu os nichos e o que encontrou ali dentro parece ser uma extremamente rara relíquia dos primórdios do cristianismo.

Essa é a visão do governo da Jordânia, que alega que os livros foram contrabandeados para Israel por outro beduíno.

O beduíno israelense que atualmente guarda os livros nega tê-los contrabandeado e alega que as antiguidades são peças que sua família possui há cem anos.

O governo jordaniano disse que fará "todos os esforços, em todos os níveis" para repatriar as relíquias.


Valor histórico 

O diretor do Departamento de Antiguidades da Jordânia, Ziad Al-Saad, diz que os livros parecem ter sido feitos por seguidores de Jesus nas décadas seguintes a sua crucificação.

"Talvez eles sejam mais significativos que os pergaminhos do Mar Morto (relíquias descobertas nos anos 1940 que contêm textos bíblicos)", disse Saad.

"Talvez eles precisem de mais interpretação e conferência de autenticidade, mas a informação inicial é muito animadora. Parece que estamos diante de uma descoberta importante e significativa, talvez a mais importante da história da arqueologia."

Ante alegações tão fortes, quais são as provas?

As "folhas" dos livros - a maioria delas do tamanho de um cartão de crédito - contêm textos escritos em hebraico antigo, a maior parte em código. Se as relíquias forem de fato de origens cristãs, em vez de judaicas, são de grande significado.

Um dos poucos a ter visto a coleção é David Elkington, acadêmico que estuda arqueologia religiosa e líder de uma equipe britânica empenhada em levar os livros a um museu na Jordânia.

Elkington alega que os livros podem ser "a maior descoberta da história cristã".

"É de tirar o fôlego a ideia que tenhamos contato com objetos que podem ter sido portados pelos primeiros santos da Igreja."

O acadêmico diz que as relíquias contêm sinais que seriam interpretados, pelos cristãos da época, como imagens de Jesus e de Deus e da "chegada do messias".

Na "capa" de um dos livros "vemos o menorá de sete ramificações, o que os judeus eram proibidos de representar porque ele residia no local mais sagrado do templo, na presença de Deus", explica Elkington. "Assim, temos a vinda do messias para obter a legitimidade de Deus."

Imagens

Para Philip Davies, professor emérito de estudos do Velho Testamento da Universidade de Sheffield, afirma que a prova mais contundente da origem cristã das relíquias está em um mapa feito da cidade sagrada de Jerusalém.

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"Há uma cruz em primeiro plano e, atrás dela, está o que seria a tumba (de Jesus), um pequeno edifício com uma abertura e as muralhas da cidade. Outras muralhas representadas em outras páginas dos livros quase certamente se referem a Jerusalém", diz Davies, que afirma ter ficado "estupefato" com as imagens, "claramente cristãs".

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A cruz é o que mais chama a atenção dos especialistas, feita no formato de um T maiúsculo, como eram as cruzes que os romanos usavam para crucificações.

"É uma crucificação ocorrida fora dos muros da cidade", diz Davies.

Margaret Barker, especialista em história do Novo Testamento, ressalta que o local onde acredita-se que as relíquias tenham sido encontradas denota sua origem cristã - e não puramente judaica.

"Sabemos que, em duas ocasiões, grupos de refugiados dos distúrbios em Jerusalém rumaram a leste, atravessaram a Jordânia perto de Jericó e foram para perto de onde esses livros parecem ter sido achados."
Ela acrescenta que outra prova da "proveniência cristã" é que as relíquias são em formato de livros, e não de pergaminhos. "Os cristãos eram particularmente associados com a escrita na forma de livros e guardavam os livros como parte da secreta tradição do início do cristianismo."

O apocalipse se refere a esses textos guardados.

Outro possível elo com a Bíblia está contido em um dos poucos fragmentos de texto que foram traduzidos das relíquias. O fragmento, acompanhado da imagem do menorá, diz: "Devo andar honradamente", frase que também aparece no Livro das Revelações.

Ainda que a frase possa simplesmente significar um sentimento comum no judaísmo, pode também se referir à ressurreição.

Testes 

Não está esclarecido se todos os artefatos descobertos são parte do mesmo período, mas testes feitos no chumbo corroído dos livros indica que eles não foram feitos recentemente.

A arqueologia dos primórdios do cristianismo é especialmente esparsa ainda. Pouco se sabe dos desdobramentos após a crucificação de Jesus até as cartas escritas por Paulo, décadas mais tarde.

A história contida nas relíquias parecem ser, assim, a descoberta de maior escala até agora dessa época do cristianismo, em sua terra de origem e em seus primórdios.



Fonte: http://apocalink.forumfree.it/?t=54857916

As 8 descobertas arqueológicas mais apavorantes

No mundo da arqueologia, lidar com fragmentos de ossos e outras lembranças de pessoas que estão há muito tempo mortas é uma atividade corriqueira. Mesmo assim, algumas descobertas superam a barreira do aceitável e remetem a fatos horríveis de vidas – e, principalmente, mortes passadas. Eis a lista das oito principais descobertas arqueológicas que mais nos dão arrepios:

1 – NEANDERTHAIS CANIBAIS
Por mais distantes que pareçamos, nós e os neandertais somos próximos o suficiente para que a revelação a seguir soe muito sinistra. Em 2010, pesquisadores relataram a descoberta dos esqueletos de uma família de neanderthais em uma caverna na Espanha. O que torna a descoberta tão deprimente é que os ossos apresentavam sinais de canibalismo.
As três mulheres adultas, três homens adultos, três adolescentes, duas crianças e um bebê podem ter sido a refeição do dia para um outro grupo de neandertais – seres humanos como nós ainda não habitavam a Europa nesta época. Esta família não é a única evidência de canibalismo neanderthal, de acordo com os arqueólogos. Parece que quando a situação ficava difícil, os neandertais não hesitavam em contar com a ajuda – a carne – de seus semelhantes.

2 – CRIANÇA QUEIMADA NO ALASCA

Cerca de 11.500 anos atrás, uma criança de três anos foi queimada e enterrada em uma lareira no centro do Alasca. Após a cremação, a casa que abrigava foi abandonada.
O corpo solitário – na realidade, fragmentos ósseos carbonizados, que foram encontrados ainda dispostos da mesma forma como estavam quando o fogo se apagou – atingiu em cheio o emocional dos seus descobridores: o arqueólogo da Universidade do Alasca, Ben Potter e antropólogo odontológico Joe Irish. Ambos os investigadores são pais de crianças com aproximadamente a mesma idade que aquela encontrada no Alasca tinha quando morreu.
“Isso foi muito marcante para nós dois – pensar, além do aspecto científico, que esta era uma vida, um ser humano tão jovem que morreu”, conta Potter.

3 – O MISTÉRIO DA TUMBA
Sepultado, desenterrado, queimado e re-enterrados: esse foi o destino pós-morte do meio-irmão de Alexandre, o Grande e seu sucessor, Filipe III Arrhidaios, de acordo com textos históricos. A questão é: os arqueólogos realmente encontraram o que restava do homem após tudo o que fizeram com ele?
Um túmulo real na Grécia contendo os ossos queimados de um homem e de uma jovem mulher pode ser o lugar de descanso de Filipe III e de sua jovem esposa e rainha guerreira Eurídice. Eles foram, respectivamente, mortos e forçado a cometer suicídio pela madrasta de Filipe III, Olímpia, mãe de Alexandre, o Grande.
Mas alguns pesquisadores argumentam que o homem sepultado é na verdade Filipe II, pai de Alexandre, o Grande. Isso faria da mulher na tumba, Cleópatra, a última esposa de Felipe II (Não confundir com a famosa rainha egípcia. Essa Cleópatra, no entanto, também teve um fim trágico: ela foi ou morta ou forçada a cometer suicídio pela mesma Olímpia, que, você já deve estar imaginando, não era flor que se cheirasse).
O debate ainda permanece se o túmulo é o lugar de descanso final de Filipe II ou III. O mais recente ponto do debate científico é se os ossos foram queimados secos ou cobertos de carne e vísceras.

4 – EXPEDIÇÃO MAL-SUCEDIDA
A busca da lendária Passagem do Noroeste – o caminho pelo norte do Canadá até o Alasca, a oeste – ceifou muitas vidas, incluindo a dos 129 exploradores que buscavam uma rota marítima pelo Ártico em 1845. Liderados pelo contra-almirante britânico Sir John Franklin, a tripulação condenada caminhou em direção ao desconhecido gelado, onde todos iriam morrer principalmente de fome, escorbuto e hipotermia.
Para piorar, muitos dos resquícios dos homens mostram vestígios de envenenamento por chumbo, provavelmente a partir de alimentos enlatados que estavam comendo. Altos níveis de chumbo no organismo podem causar fraqueza, vômito e convulsões.
Os primeiros mortos receberam um enterro adequado – mesmo que raso. Mais tarde, à medida que mais e mais exploradores morriam, dizem os pesquisadores, os corpos não eram mais enterrados – alguns podem ter sido canibalizados. Poucos corpos foram identificados, apesar das tentativas de reconstrução facial, como visto acima.

5 – ANTIGA GUERRA QUÍMICA
As guerras antigas era uma questão complicada, mas um grupo de 20 ou mais soldados romanos podem ter encontrado uma morte particularmente desagradável quase 2 mil anos atrás. Durante um cerco à cidade síria de Dura, tomada pelos romanos, soldados persas cavaram túneis sob os muros da cidade em uma tentativa de enfraquecê-los. Os romanos resolveram cavar seus próprios túneis, na tentativa de interceptar os persas. Estes, porém, perceberam o plano do inimigo e, de acordo com alguns arqueólogos, e prepararam uma armadilha terrível: uma nuvem de fumaça petroquímica nociva, que teria transformado os pulmões dos romanos em ácido.
Os túneis foram escavados primeiramente nos anos 20 e 30 do século passado e estão sendo reescavados agora. Alguns arqueólogos modernos acho que a colocação dos esqueletos e a presença de cristais de enxofre e betume sugerem uma guerra química. Em todo caso, o gás de asfixia teria sido “a fumaça do inferno”, opina o arqueólogo Simon James, da Universidade de Leicester, Reino Unido.

6 – O PRIMEIRO LEPROSO
A lepra, hoje conhecida como hanseníase, possuía há muito tempo um estigma. A doença não é muito contagiosa, mas os leprosos foram banidos e desprezados ao longo da história, em parte devido às feridas causadas pela doença.
Um achado arqueológico sugere que o estigma que envolve a hanseníase começou bem antes do imaginado. Um esqueleto de 4 mil anos, descoberto na Índia, é a mais antiga evidência arqueológica conhecida da hanseníase. O fato de que o esqueleto sobreviveu sugere que a pessoa em questão era um pária: a tradição hindu manda cremar os mortos – apenas aqueles considerados inaptos são enterrados. O esqueleto foi encontrado em uma caixa cheia de pedra junto com as cinzas de estrume de vaca queimado – acreditava-se, naquela época, que a substância era sagrada e purificante.

7 – O GUERREIRO LEPROSO
Os leprosos nem sempre foram universalmente desprezados. Na Itália medieval, eles podem até ter entrado para o exército e lutado em batalhas. Um esqueleto descoberto recentemente em um cemitério medieval italiano traz os sinais indicadores da hanseníase, bem como o que parece ser um golpe de espada. O homem, que pode ter morrido em combate, foi sepultado com seus companheiros.
Outros túmulos no cemitério são igualmente macabros. Pelo menos dois continham os corpos de homens que tinham sobrevivido trauma na cabeça, incluindo o que parece ser uma ferida de machado durante uma batalha. Um homem, provavelmente ferido por uma clava, parece ter sido submetido a uma versão medieval de cirurgia cerebral após a lesão.

8 – ACROBATA EM SACRIFÍCIO
Provas de sacrifício humano já foram encontradas em todo o mundo, mas a descoberta de um possível local de imolação, relatada em 2008 pela revista Antiguidade, parece particularmente bizarra. Em um prédio antigo no que hoje é a Síria, os arqueólogos encontraram uma estranha combinação de ossos humanos e animais. Três esqueletos humanos estavam lado a lado, sem cabeça. A julgar pelas lesões ósseas pouco comuns e pelas áreas de fixação superdesenvolvidas de ligamentos e ossos, os pesquisadores identificaram um dos esqueletos como um possível acrobata.
O edifício estava cheio de sujeira e abandonado depois que os corpos sem cabeça foram deixados lá, levando os investigadores a suspeitar de que os animais e os artistas se sacrificaram, talvez se deixando abater por uma catástrofe natural de algum tipo. Se a vida de artista hoje em dia não é fácil, imagina na Síria antiga. [LiveScience]

Fonte: http://nosonliner.blogspot.com/

A gravura pré-histórica mais antiga da América está em Belo Horizonte

Arqueólogos brasileiros descobriram a gravura mais antiga do novo mundo: um corpo antropomórfico esguio, com uma idade compreendida entre os 9500 e 10.400 anos. A figura terá sido feita por grupos de caçadores recolectores que viviam na região e poderá ser uma manifestação simbólica ligada à fertilidade. O estudo foi publicado nesta quarta-feira na revista Public Library of Science.

A gravura e uma representação da gravura (Neves WA, Araujo AGM, Bernardo DV, Kipnis R, Feathers JK)

“Há pinturas tão antigas como esta gravura, mas esta deve ser das representações artísticas mais antigas do continente”, disse Walter Neves, da Universidade de São Paulo, no Brasil. Ao contrário das pinturas, que têm pigmentos orgânicos facilmente datáveis, as gravuras esculpidas na pedra são muito mais difíceis de datar. Mas a equipa do arqueólogo teve sorte com o achado.

“Descobrimos no fundo de um sítio arqueológico que escavámos há nove anos na Lapa do Santo”, disse o arqueólogo ao PÚBLICO. O local fica a 60 quilómetros a Norte da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, no Brasil e é um importante ponto arqueológico na América do Sul. A figura está a quatro metros de profundidade e foi descoberta em 2009, no final de uma escavação arqueológica que se iniciou em 2002.

“No caso da pintura rupestre você pode datar os pigmentos da pintura, no caso do petroglífo, que foi esculpido na pedra, não tem matéria orgânica para datar”, disse o cientista. Mas acima da gravura, existiam os restos arqueológicos de uma fogueira que datam de há 9500 anos. Como o local está ocupado desde há 10.400 anos, “a gravura tem entre 9500 e 10.400 anos”.

O desenho foi feito por caçadores recolectores (grupos nómadas). Seriam grupos pequenos de 25 a 30 pessoas que tinham uma capacidade grande para se movimentarem pela região para conseguir caçar e recolher alimentos.

“Na América do Norte especializaram-se em caçar a megafauna já extinta, como mamutes, bisontes ou o cavalo pré-histórico. Na América do Sul estes grupos caçavam a fauna que existe hoje e tem um porte médio”, disse o especialista, acrescentando desconhecer-se a razão desta opção, já que também existiam ali os grandes mamíferos que serviam de alimento para os grupos da América do Norte.

Quanto à pintura, Walter Neves defende que é “uma manifestação simbólica ligada à questão da fertilidade”. O desenho representa “um antropomorfo, filiforme, com uma cabeça em forma de C, os braços e as pernas terminam em três dígitos, e tem um falo grande e erecto”.

Não é a primeira vez que se descobre este tipo de iconografia. Noutras regiões da América, conhecem-se figuras semelhantes que representam mulheres grávidas e cenas de parto. Provavelmente “esta é uma figura que deve fazer parte de um painel maior”. Entretanto, em 2011, a equipa voltou ao sítio arqueológico para tentar descobrir outras figuras.

Segundo Walter Neves, esta descoberta também põe em perspectiva a colonização da América feita pelo Homo sapiens vindo da Sibéria. A nível arqueológico, a chegada ao continente está intimamente ligada aos achados da cultura Clovis: sítios arqueológicos em diversos locais da América do Norte onde se encontraram vestígios de pontas para a caça.

“Nós estamos mostrando que no final do pleistoceno já havia uma grande diversidade de pensamento simbólico na América do Sul. Essa grande diversidade seria impossível de surgir em pouco tempo, e isso sugere que o homem deve ter entrado na América há mais de 11.200 anos, que é a datação para a cultura Clovis”, explicou o cientista. “Eu diria que a questão mais importante [da arqueologia americana] é conseguir sítios arqueológicos com datações pré-Clovis.”

Fonte: http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/a-gravura-prehistorica-mais-antiga-da-america-fica-em-belo-horizonte-1534916

Neandertais poderiam já estar perto da extinção quando nos encontraram


Representação de uma família de Neandertais (DR)

Os estudos de ADN têm uma tendência para revolver a história da evolução humana, desta vez uma nova investigação sugere que quando os nossos antepassados contactaram com os Neandertais, há menos de 50.000 anos, estes já eram sobreviventes de um fenómeno que tinha ceifado quase totalmente a espécie, conclui um artigo publicado na revista Molecular Biology and Evolution.

A equipa internacional, que inclui investigadores do Centro de Evolução e Comportamento Humano da Universidade Complutense de Madrid, analisou o ADN extraído do osso de 13 Neandertais. Os indivíduos viveram entre os 100.000 e os 35.000 anos, e foram encontrados em sítios arqueológicos que se estendem desde a Espanha até à Ásia.

Os cientistas analisaram a variabilidade do ADN mitocondrial, que existe dentro das mitocôndrias, as baterias das células que são sempre herdadas da mãe para os filhos. A partir desta análise, verificaram que havia muito mais variabilidade entre os Neandertais que viveram há mais de 50.000 anos, do que os indivíduos que viveram durante os 10.000 anos depois, pouco antes de se terem extinguido.

Os indivíduos com menos de 50.000 anos tinham uma variabilidade genética seis vezes menor do que os mais antigos. Isto evidencia um fenómeno que provocou a morte de um grande número de pessoas desta espécie. Depois disto, sucedeu-se uma re-colonização da Europa a partir de populações de Neandertais vindas de Ásia.

“O facto de os Neandertais terem estado quase extintos na Europa, e depois terem recuperado, e tudo isso ter acontecido antes de entrarem em contacto com os humanos modernos, é uma surpresa total”, disse Love Dalen, o primeiro autor do artigo, que pertence ao centro de investigação de Madrid e ao Museu de História Natural de Estocolmo, Suécia. “Isto indica que os Neandertais poderiam ser mais sensíveis a mudanças climáticas dramáticas que ocorreram durante a última Idade do Gelo, do que se pensava anteriormente”, disse, citado pela BBC News.

Segundo o artigo, a variabilidade do genoma dos Neandertais antes do tal fenómeno que ocorreu há 50.000 anos era equivalente à variabilidade da espécie humana. Depois do fenómeno, essa variabilidade passou a ser menor do que a que existe hoje entre a população da Islândia.

Este fenómeno poderá estar ligado às alterações climáticas. Pensa-se que há cerca de 50.000 anos alterações nas correntes oceânicas do Atlântico causaram uma série de temporadas geladas que alteraram inclusive a cobertura vegetal da Europa.

O que quer que tenha acontecido depois, quando os humanos modernos foram migrando pela Europa, continua a ser uma incógnita. Mas estes dados sugerem que as populações de Neandertais que os nossos antepassados encontraram seriam muito mais homogéneas a nível genético e por isso muito mais vulneráveis a alterações no ambiente.

Fonte: http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/neandertais-europeus-poderiam-ja-estar-perto-da-extincao-quando-nos-encontraram-1535557

Tumba de Herodes gera polêmica entre arqueólogos de Israel

A tumba de rei Herodes reabriu em Israel um velho debate sobre se os restos da antiguidade devem ou não serem reconstruídos com fins turísticos. Enquanto muitos defendem essa ideia, outros acreditam que é melhor preservá-lo nas condições que foram encontrados para que sirva como testemunho da história.
Todos os argumentos, tanto a favor como contra, serão analisados por uma comissão que se reunirá em maio para  poder decidir o futuro da tumba.  A polêmica maior se refere ao fato da tumba do histórico monarca da Judéia está em território palestino.
O projeto da Autoridade Nacional de Parques e Reservas Naturais de Israel e também do Conselho Regional do assentamento de Gush Etzión é de recuperar o museu tanto o mausoléu onde há mais de dois mil anos encontra-se os restos mortais de Herodes o Grande (73 a.C. – 4 d.C. e tanto o depósito arqueológico que é conhecido como Herodion.
“Há muita gente que não entende a força que teve a civilização antiga, a gente não tem a capacidade de imaginar o que havia quando vê um montão de pedras e muito menos uma torre de 15 a 20 metros. Eu creio que podemos oferecer essa visão”, afirma Shaul Goldstein, chefe da Direção de Parques e Reservas Naturais de Israel.
Ele deseja recriar a tumba em seu tamanho original com 25 metros de altura, mas com elementos que não as pedras  beges das construções de edifícios típicos daquele milênio. “Seria de gesso e metal, desmontável em  apenas um dias”, disse Godstein.
Mas Haim Goldfus, da Universidade Ben Gurión, de Nagev, acredita que a decisão é “improcedente” e que a reconstrução apenas vai “distrair o visitante” já que a reconstrução, por mais perfeita que seja não mostrará os achados arqueológicos verdadeiros.
Herodes aparece no Novo Testamento bíblico, quando os evangelhos comentam que assim que soube do nascimento do Messias pediu para que todos os meninos fossem mortos. Ele reinou entre os anos de 37 a.C. até a sua morte em 4 a.C..
Traduzido e adaptado de Protestante Digital

Uma equipe suíça de arqueólogos acaba de descobrir uma nova múmia no Vale dos Reis, no Egito.

Trata-se de uma importante descoberta, a primeira do gênero desde a exumação de Tutancâmon em 1922. swissinfo.ch esteve nas escavações.

O Vale dos Reis é um pouco o Santo Graal dos egiptólogos. Situado em pleno deserto, próximo a Luxor, ele abriga túmulos de muitos faraós, membros das famílias reais ou grandes dignitários da época do Novo Império.

Foi nesse vale que ocorreu em 1922 a mais impressionante descoberta da egiptologia: o túmulo de Tutancâmon, especialmente pelo fato de ser o único a permanecer intacto até os dias de hoje. Depois dela, nada mais ocorreu na mesma amplitude.
Limpeza bem sucedida 
A descoberta do novo túmulo também constitui um evento de grande importância no pequeno mundo da arqueologia. Tudo começou em 25 de janeiro de 2011, durante trabalhos de limpeza realizados por uma missão de pesquisa conduzida pela Universidade da Basileia.

“Nesse famoso 25 de janeiro de 2011, a gente estava em uma missão de limpeza sobre um túmulo já conhecido”, conta Susanne Bickel, chefe de projeto da equipe arqueológica suíça e professora na Universidade da Basileia. “Ao construir uma mureta em volta desse túmulo esbarramos repentinamente na borda superior de algo…”

“Inicialmente pensamos que eram detritos ou uma construção não acabada”, continua ela. “Mas a grande surpresa foi descobrir que era provavelmente outro túmulo. Nunca teríamos imaginado que dois túmulos pudessem estar tão próximos um do outro.”

Mas a descoberta foi deixada primeiramente de lado, coberta de areia. No início de 2011 o Egito estava em plena revolução. Os rumores de saques se multiplicavam. Por medida de segurança, a missão desmontou o acampamento e os estudantes retornaram à Suíça. Uma tampa de metal foi colocada sobre a abertura do túmulo à espera de um período mais favorável à sua exploração.
Um sarcófago não como os outros 
Esse momento ocorreu somente em janeiro de 2012. A equipe recebeu então a autorização oficial das autoridades egípcias para continuar as escavações. “Estávamos com pressa de saber o que iríamos encontrar”, declara Susanne Bickel. “Quatro dias foram necessários para cavar um poço. Depois foi possível deslizar um braço para colocar uma câmara. Então vimos o túmulo nunca violado, um sarcófago totalmente intacto, que não parecia com os outros que estávamos habituados a ver.”

A equipe, protegida do sol abrasador que assola normalmente o vale por uma tenda, explica que o sarcófago tem um aspecto sóbrio, sem adornos. “Nenhuma decoração na sua superfície”, revela um dos membros. “Ele tem uma madeira bastante espessa, muito bonita. Sabíamos que o túmulo havia sido construído no século 15 a.C., mas descobrimos que o sarcófago data do século 9. a.C.”

“Essa descoberta permite deduzir dois elementos importantes”, continua. “Pelo fato do túmulo ser datado do século 15, concluímos que houve um segundo enterro 500 anos mais tarde. De outra parte, a sobriedade do sarcófago nos leva a pensar que, no século 9, durante a 22 a. dinastia, um enterro consistia em um sarcófago humilde e uma estela simples (n.r.: coluna ou placa de pedra em que os antigos faziam inscrições). E contrariamente aos costumes do século 15, na 18 a. dinastia, onde a cerâmica e o mobiliário eram muito presentes.”
Múmia embalada 
“Segundo as inscrições, que ainda não foram totalmente decifradas, trata-se de uma mulher”, explica os arqueólogos suíços. “Ela se chamaria Nehemes-Bastet, o que significa ‘Que a deusa Bastet possa a proteger’.”

“O que é surpreendente”, completa Susanne Bickel, “é que o sarcófago mede dois metros de comprimento, enquanto a múmia, em perfeito estado de conservação, tem apenas 1,55 metros. A defunta seria uma cantora de Amon-Rê. Seu título nos indica que ela fazia parte de uma elite, tendo uma atividade de sacerdotisa provavelmente ocasional, que ela deveria exercer durante as grandes procissões.”

“É a primeira vez que encontramos no Vale dos Reis o túmulo de uma mulher que não tinha ligações com as antigas famílias reais”, ressalta ainda a pesquisadora.
Ainda muito a aprender 
O objetivo do projeto da Universidade da Basileia é analisar os túmulos não reais situados no vale lateral que leva ao túmulo de Tutmés III (o quinto faraó da 18 a. dinastia). Esses túmulos não reais foram muito pouco estudados até então.

“Muitos são completamente desconhecidos”, detalha Susanne Bickel. “Nós os exploramos, documentamos sua arquitetura e tentamos descobrir nas toneladas de detritos que os preenchem algumas indicações que permitam determinar a data da sua utilização, eventualmente também as pessoas que tiveram o privilégio de serem enterrados no vale, próximas aos faraós.”

A descoberta do sarcófago da cantora de Amon nos envia a outro período da utilização do vale, a do século 9 a.C., onde os túmulos eram reutilizados uma segunda vez. A múmia, em perfeito estado, não foi ainda analisada. Por isso ainda sobram muitas coisas para aprender com a mulher, que conseguiu escapar das pilhagens e do desgaste do tempo para chegar intacta e revelar seus segredos.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/descoberta-marcante-suica-na-egiptologia/390434/

Evidências sugerem que europeus chegaram à América primeiro

Caçadores do leste europeu teriam chegado ao Novo Mundo 10 mil anos antes dos primeiros indígenas

por Redação Galileu


Editora Globo
Primeiros habitantes da América vieram do leste europeu // Crédito: Museu de História Natural, EUA
Novas evidências arqueológicas mostram que o continente americano foi descoberto por caçadores da Idade da Pedra que vieram da Europa e não da Ásia, como se costumava acreditar. A descoberta arqueológica já está sendo anunciada como a mais importante das últimas décadas. 
A conclusão foi resultado de análises minuciosas de ferramentas recentemente encontradas em seis locais na costa leste dos Estados Unidos. Os pesquisadores da Universidade de Delaware descobriram que as peças tinham entre 19 mil e 26 mil anos de idade e era de estilo europeu. De acordo com os estudiosos, os proprietários da ferramenta chegaram ao continente americano 10 mil anos antes dos ancestrais indígenas norte-americanos. 
Os objetos da Idade da Pedra estavam espalhados em sítios arqueológicos localizados na Pensilvânia, em Virgínia e no fundo do mar, a 60 milhas da costa, numa região que, em tempos pré-históricos teria sido terra seca. 
Dois dos responsáveis pela análise do material encontrado, Dennis Stanford, da Instituição Smithsonian, e Bruce Bradleu, da Universidade de Exeter, disseram que os seres humanos da Idade da Pedra foram capazes de fazer uma viagem de 1500 milhas através do gelo Atlântico. Eles acreditam que caçadores da Europa Ocidental migraram para a América do Norte no auge da Era Glacial. 
A travessia teria sido possível porque cerca de 3 milhões de Km² do Atlântico Norte estava coberto de gelo espesso, mas, além disso, o oceano aberto abaixo teria sido extremamente rico em recursos alimentares para os caçadores. 
Análises complementares serão feitas ainda para provar a teoria dos pesquisadores. Novos sítios arqueológicos na costa leste dos Estados Unidos estão sendo vasculhados em busca de novas evidências.

Períodos da História

A evolução da humanidade, que na realidade corresponde à História da sociedade humana, tem seu início com o surgimento do homem e se desenrola até os dias atuais.

Entretanto, subtende-se como História, para efeito de estudos, o período desta evolução a partir do advento da escrita.
Ao período anterior, passou-se a utilizar a denominação Pré-História. É comum dividir-se tanto a Pré-História, como a História em períodos, ou fases, ou ainda eras. E consideram-se o homem e as comunidades da Pré-História como sendo primitivas, e da História como sendo civilizadas.
Primitivo: ser que viveu na pré-história, antes da invenção da escrita. Começo de sua evolução, ou muito pouco diferenciado de seus antepassados mais remotos. Está em estado natural, usa métodos primitivos para alcançar seus fins.
Civilizado: ser que viveu após a invenção da escrita. Com alto grau de desenvolvimento, progresso, adiantamento.
A História do homem começa a partir do seu sugimento na Terra. Teria sido há 5, 3 ou 1 milhão de anos atrás?
Não se sabe com exatidão. E o que importa é que são milhões ou milhares de anos de evolução e progresso provocados pelo ser humano.
A Pré-História corresponde ao enorme período de evolução humana que ocorreu desde o surgimento do homem até o início da utilização da escrita.
Formam esse longo período:
  • Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada: + – 1.000.000 a.C. (Surgimento do Homem) até 10.000 a. C. (+ ou -) (Agricultura).
  • Neolítico ou Idade da Pedra Polida: 10.000 a.C. (Agricultura). Até 4.000 a.C..
  • Idade dos Metais: 4.000 a.C até 3.500 a.C. (Escrita).
A História corresponde ao período da evolução humana a partir da utilização da escrita. Isso ocorreu há aproximadamente 3.500 a.C. e encontra-se dividida em quatro idades ou períodos.
Antiguidade ou Idade Antiga:
Começa por volta de 3.500 a.C., quando foi inventada a escrita, e vai até 476 d.C. (século V), quando teve fim o Império Romano do Ocidente. Durante essa época, em que se desenvolveram grandes civilizações na Europa, na Ásia e na África, o Brasil já era habitado por grupos humanos.
piramidePirâmide egípcia: Obra representativa de grandes civilizações da Antiguidade.
Idade Média:
Vai do século V (476) até o século XV (1453 data da queda de Constantinopla, tomada pelos turcos). No fim da Idade Média, os europeus começaram as Grandes Navegações, chegando à Africa, à Ásia e à América. Durante esse período, o território brasileiro era ocupado por muitos milhões de índios, divididos em povos e tribos diferentes.
Idade Moderna:
Vai do século XV ao século XVIII (1789, data da Revolução Francesa). Nesse período, o comércio europeu expandiu-se por todo o mundo, e teve início a indústria. No início da Idade Moderna, os portugueses chegaram no Brasil.
tomada-da-bastilhaTomada da Bastilha, episódio que deu início à Revolução Francesa.
Idade Contemporânea:
Começa no século XVIII e chega até nossos dias.
Em 1945, a cidade japonesa de Hiroxima foi arrasada por uma bomba atômica atirada pela aviação americana, ao final da Segunda Guerra Mundial – um acontecimento importante da Idade Contemporânea.
Fonte: Educação de Jovens e Adultos – História
http://www.idealdicas.com/a-historia-em-periodos/

Cientistas descobrem uma das terras mais férteis do mundo no AMAZONAS

Arqueólogos que trabalham em um dos principais sítios da Amazônia encontraram mais do que vestígios da presença de antigas civilizações.

Eles descobriram que o lugar tem uma das terras mais férteis do mundo e estudam ampliar os benefícios desta terra preta para outras regiões do país.



Fonte: http://tvig.ig.com.br/

Princesa do Japão Kaoru Nakamaru sobre 2012, ETs e "3 dias e 3 noites" -...

Comunicado da princesa do Japão Kaoru Nakamaru como convidada especial da Pythagoras Conference Global 2012.

A princesa é neta do Imperador Meiji, tendo passado toda a sua infância no Castelo Proibido, na China. Fez mestrado na Columbia University, sendo também Jornalista e especialista em Politica Internacional. Teve contato com reis, presidentes, primeiros ministros e personalidades dos negócios de vários países do globo. Deu inúmeras palestras, escreveu livros e, na televisão, atuou como comentarista de assuntos políticos internacionais.
Reconhecida como alta personalidade pelos Newsweek e pelo Washington Post, Kaouru é uma amante da paz e da fraternidade, tendo inclusive percorrido lugares marcados pelos conflitos de modo a tentar a conciliação – assim como o fez quando esteve com os ditadores Saddam Husseim e Muamar Khadafi.
Portanto, as suas recentes revelações, devem ser seriamente encaradas.”



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