sábado, 30 de abril de 2011

MANUSCRITOS DE QUMRAN

HISTÓRICO   
  
Em 1947 na Palestina, nos arredores do vilarejo de Khirbet Qumran, perto do lado ocidental do Mar Morto, foram encontrados por acaso uns antigos manuscritos que revelaram-se uma extraordinária descoberta arqueológica, cujas conseqüências ainda não estão completamente esclarecidas. Infelizmente, por mais de 30 anos, os encontrados desta descoberta foram estritamente monopolizados, através de um verdadeiro seqüestro, a fim de impedir o acesso ao mundo acadêmico internacional. Serão preciso muitos anos, apesar do encomiável trabalho de pesquisadores independentes, para limpar nossos conhecimentos do material qumraniano das parcialidades interpretativas que ainda inundam o assunto. 


Em 1947 quando o Estado de Israel ainda não tinha nascido, o lado leste do Mar Morto ficava em território jordaniano, e o lado ocidental sob o protetorado inglês. Naquela época as ruas que levavam à lagoa eram poucas e muito ruins, e a região ao redor a pátria dos Beduins, os quais mudavam para cá e para lá seus acampamentos e seu gado. Naquela altura, um jovem pastor árabe, Mohammed adh-Dhib, que estava iscando sua cabra, descobriu por acaso uma série de ingressos de grutas no flanco de uma perigosa escarpa, próxima da aldeia de Khibet Qumran. O beduim entrou e encontrou no interno muitos jarros abandonados. Voltou novamente com um amigo para recuperar os jarros (podiam ser usados para a água) quando os dois descobriram que nos jarros encontravam-se alguns rolos de pele embrulhados em tecidos consumidos. 

 

A história da descoberta é obscura, não bem esclarecida, até que nunca poderemos saber quantos manuscritos foram originariamente encontrados pelos beduins, nem se alguém tem ainda alguns manuscritos escondidos. Em 1954 alguns manuscritos acabaram no cofre do hotel Waldorf Astoria de New York, de onde saíram quando o governo israelita os comprou por 250.000 dólares (ajudado por um rico benfeitor). Outros manuscritos chegaram no Museu Rockfeller, na parte leste de Jerusalém, na época em mão jordaniana. Nasceram assim duas diferentes comissões independentes: uma chefiada por Yigael Yadin, em Israel, a outra, controlada por Padre de Vaux, um sacerdote católico, na Jordânia. Hoje, os manuscritos são conservados no Museu de Israel, no assim chamado Shrine of the book.
Por causa do péssimo relacionamento entre os dois países, as comissões trabalharam sobre os manuscritos de forma completamente independente, sem possibilidade nenhuma de comunicação, com todos as desvantagens da situação. É claro que o resultado de cada comissão precisava ser confrontado com o da outra, mas isso era impossível.

 

O problema foi resolvido em 1967 quando, seguida a guerra dos seis dias, a parte leste de Jerusalém passou para as mãos israelitas e tudo o que aí se encontrava se tornou de propriedade do governo de Israel como despojos de guerra, inclusive os rolos de Qumran conservados no Rockfeller Museum. É engraçada e significativa a reação a este acontecimento do Padre de Vaux. Se conta que, até o material permaneceu em mão jordaniana e que havia sido impedido que os hebreus tivessem acesso aos manuscritos, e que, quando eles passaram sob a autoridade israelita, de Vaux ficou literalmente enfurecido e aterrorizado pela idéia de perder o controle do material qumraniano. Algum motivo estava pressionado-o a manter o material sob seu controle. Baigent, Leigh e Lincoln narram que de Vaux era um dominicano que tinha sido enviado, em 1929, à École Biblique de Jerusalém onde primeiro foi professor e depois diretor. Era um homem carismático, enérgico, autoritário e carola.

O governo israelita, que em 1967 estava ocupado em assuntos muitos diferentes que os manuscritos do Mar Morto, deixou a de Vaux a responsabilidade de supervisionar o trabalho de análise e lhe deu o encargo de formar e dirigir uma equipe internacional, com o compromisso de publicar o mais rápido possível os resultados das pesquisas.
Claramente, a expressão “equipe internacional” faz pensar numa precisa intenção de criar um grupo amplo, caraterizado pela presença de diferentes componentes que pudessem dar garantia de uma gestão não parcial do trabalho. Mas as coisas não andaram assim. Os israelitas não foram convidados a fazer parte do grupo, e todos os componentes selecionados eram todos católicos, não laicos, e com uma ideologia com uma forte conotação: Franck Cross, do McCormick Theological Seminary. Chicago; monsenhor Patrick Skehan, diretor do Albright Institute; Padre Jean Starcky, da École Biblique; Padre Maurice Baillet, francês; Padre Josef Milik, polonês; apenas um tal John Allegro não era um personagem tão claramente enquadrado com os outros. Mas a sua presença não foi tolerada por muito tempo. Logo foi extraditado e substituído por John Strugnell, que oferecia maiores garantias de alinhamento. Em prática se pode dizer que Padre de Vaux, expoente da asa mais tradicionalista e conservadora da igreja romana, criou um restrito grupo de católicos.
os manuscritos encontrados a Khirbet Qumran abriram a porta de uma longa série de incômodas perguntas sobre os primeiros cristãos.? De fato, nos rolos se encontram elementos que, além de mostrar evidentes ligações com o cristianismo das origens, põem em seria discussão alguns fundamentos da mesma doutrina e da interpretação histórica da figura de Jesus Cristo.

Mas em 1992, depois de 25 anos de monopólio absoluto da equipe, a situação começou a mudar. Sobretudo pela enorme quantidade de críticas internacionais contra o absurdo de um pequeno grupo de pesquisadores, tratar como propriedade privada materiais arqueológicos daquela extraordinária importância, e muitos daqueles rolos acabaram sendo publicados. Mas ainda assim fica a suspeita que parte dos documentos continuem ficando desconhecidos à coletividade. Para não falar da profunda influência cultural, que continua a condicionar o endereço interpretativo, causado por esses 25 anos de monopólio. Serão precisos muitos anos para a situação se ajeitar até o ponto de poder avaliar o material de maneira objetiva baseada sobre posições realmente desinteressadas.. . .

 fonte:http://mucheroni.hpg.com.br
Fonte: http://www.ieadcjardimnatalia.com.br/?p=613

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Lista Completa dos EVANGELHOS APÓCRIFOS


ANTIGO TESTAMENTO

1.   Apocalipse de Adão
2.   Apocalipse de Baruc
3.   Apocalipse de Moisés
4.   Apocalipse de Sidrac
5.   As Três Estelas de Seth
6.   Ascensão de Isaías
7.   Assunção de Moisés
8.   Caverna dos Tesouros
9.   Epístola de Aristéas
10.                    Livro dos Jubileus
11.                    Martírio de Isaías
12.                    Oráculos Sibilinos
13.                    Prece de Manassés
14.                    Primeiro Livro de Adão e Eva
15.                    Primeiro Livro de Enoque
16.                    Primeiro Livro de Esdras
17.                    Quarto Livro dos Macabeus
18.                    Revelação de Esdras
19.                    Salmo 151
20.                    Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
21.                    Segundo Livro de Adão e Eva
22.                    Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
23.                    Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)
24.                    Segundo Tratado do Grande Seth
25.                    Terceiro Livro dos Macabeus
26.                    Testamento de Abraão
27.                    Testamento dos Doze Patriarcas
28.                    Vida de Adão e Eva

NOVO TESTAMENTO

1.   A Hipostase dos Arcontes
2.   (Ágrafos Extra-Evangelhos)
3.   (Ágrafos de Origens Diversas)
4.   Apocalipse da Virgem
5.   Apocalipse de João o Teólogo
6.   Apocalipse de Paulo
7.   Apocalipse de Pedro
8.   Apocalipse de Tomé
9.   Atos de André
10.                    Atos de André e Mateus
11.                    Atos de Barnabé
12.                    Atos de Filipe
13.                    Atos de João
14.                    Atos de João o Teólogo
15.                    Atos de Paulo
16.                    Atos de Paulo e Tecla
17.                    Atos de Pedro
18.                    Atos de Pedro e André
19.                    Atos de Pedro e Paulo
20.                    Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
21.                    Atos de Tadeu
22.                    Atos de Tomé
23.                    Consumação de Tomé
24.                    Correspondência entre Paulo e Sêneca
25.                    Declaração de José de Arimatéia
26.                    Descida de Cristo ao Inferno
27.                    Discurso de Domingo
28.                    Ditos de Jesus ao rei Abgaro
29.                    Ensinamentos de Silvano
30.                    Ensinamentos do Apóstolo Tadeu
31.                    Ensinamentos dos Apóstolos
32.                    Epístola aos Laodicenses
33.                    Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
34.                    Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões)
35.                    Epístola de Pedro a Filipe
36.                    Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
37.                    Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
38.                    Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
39.                    Epístola do rei Abgaro a Jesus
40.                    Epístola dos Apóstolos
41.                    Eugnostos, o Bem-Aventurado
42.                    Evangelho Apócrifo de João
43.                    Evangelho Apócrifo de Tiago
44.                    Evangelho Árabe de Infância
45.                    Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
46.                    Evangelho da Verdade
47.                    Evangelho de Bartolomeu
48.                    Evangelho de Filipe
49.                    Evangelho de Marcião
50.                    Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
51.                    Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
52.                    Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
53.                    Evangelho de Pedro
54.                    Evangelho de Tome o Dídimo
55.                    Evangelho do Pseudo-Mateus
56.                    Evangelho do Pseudo-Tomé
57.                    Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
58.                    Evangelho dos Egípcios
59.                    Evangelho dos Hebreus
60.                    Evangelho Secreto de Marcos
61.                    Exegese sobre a Alma
62.                    Exposições Valentinianas
63.                    (Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros)
64.                    (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas)
65.                    História de José o Carpinteiro
66.                    Infância do Salvador
67.                    Julgamento de Pôncio Pilatos
68.                    Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
69.                    Martírio de André
70.                    Martírio de Bartolomeu
71.                    Martírio de Mateus
72.                    Morte de Pôncio Pilatos
73.                    Natividade de Maria
74.                    O Pensamento de Norea
75.                    O Testemunho da Verdade
76.                    O Trovão, Mente Perfeita
77.                    Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
78.                    Pistis Sophia
79.                    Prece de Ação de Graças
80.                    Prece do Apóstolo Paulo
81.                    Primeiro Apocalipse de Tiago
82.                    Proto-Evangelho de Tiago
83.                    Retrato de Jesus
84.                    Retrato do Salvador
85.                    Revelação de Estevão
86.                    Revelação de Paulo
87.                    Revelação de Pedro
88.                    Sabedoria de Jesus Cristo
89.                    Segundo Apocalipse de Tiago
90.                    Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
91.                    Sobre a Origem do Mundo
92.                    Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
93.                    Tratado sobre a Ressurreição
94.                    Vingança do Salvador
95.                    Visão de Paulo

ESCRITOS DE QUMRAN

1.   A Nova Jerusalém (5Q15)
2.   A Sedutora (4Q184)
3.   Antologia Messiânica (4Q175)
4.   Bênção de Jacó (4QPBl)
5.   Bênçãos (1QSb)
6.   Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
7.   Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
8.   Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
9.   Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
10.                    Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
11.                    Comentários sobre Miquéias (1Q14)
12.                    Comentários sobre Naum (4Q169)
13.                    Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
14.                    Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
15.                    Consolações (4Q176)
16.                    Eras da Criação (4Q180)
17.                    Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
18.                    Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
19.                    Gênese Apócrifo (1QapGen)
20.                    Hinos de Ação de Graças (1QH)
21.                    Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
22.                    Lamentações (4Q179/4Q501)
23.                    Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
24.                    Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
25.                    O Triunfo da Retidão (1Q27)
26.                    Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
27.                    Orações Diárias (4Q503)
28.                    Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
29.                    Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
30.                    Os Últimos Dias (4Q174)
31.                    Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
32.                    Palavras de Moisés (1Q22)
33.                    Pergaminho de Cobre (3Q15)
34.                    Pergaminho do Templo (11QT)
35.                    Prece de Nabonidus (4QprNab)
36.                    Preceito da Guerra (1QM/4QM)
37.                    Preceito de Damasco (CD)
38.                    Preceito do Messianismo (1QSa)
39.                    Regra da Comunidade (1QS)
40.                    Rito de Purificação (4Q512)
41.                    Salmos Apócrifos (11QPsa)
42.                    Samuel Apócrifo (4Q160)
43.                    Testamento de Amran (4QAm)

OUTROS ESCRITOS

1.   História do Sábio Ahicar
2.   Livro do Pseudo-Filon


domingo, 24 de abril de 2011

A Bíblia e os Evangelhos Apócrifos

A Bíblia nem sempre apresentou a mesma forma de hoje em dia; Ao longo do tempo, sucessivos concílios eliminavam ou incluiam livros; Vários textos, chamados hoje de "apócrifos", figuravam anteriormente na Bíblia.

No inicio do cristianismo os evangelhos chegaram ao número de 315 livros diferentes; No Concílio de Nicéia, todos esses livros foram banidos, exeto os 4 evangelhos presentes na Bíblia atualmente.

Muitos livros que tornaram-se apócrifos a partir do concílio de Nicéia cairam no esquecimento. Contudo, em 1947, nas cavernas de Qumran próximo ao Mar Morto, vários livros usados pelos primeiros Cristãos foram encontrados.


Em 325 dc é realizado o Concílio de Nicéia, (província de Anatólia, Turquia). Primeiro Concílio Ecumênico da Igreja. Trezentos Bispos se reúnem, convocados pelo Imperador Romano Constantino.

Esse concílio estabeleceu o Novo Testamento, com exeção do apocalipse que foi declarado apócrifo, sendo incorporado ao cânon no concílio de Cartago (África), no ano 397 D.C.

O cânon do Velho Testamento só foi definitivamente estabelecido após a reforma protestante de 1517 d.c. (versão protestante), e pela contra reforma, no concílio de Trento de 1545 d.c. (versão católica).

Fonte: http://mucheroni.hpg.com.br/religiao/96/index_pri_1.html

As cidades bíblicas descobertas pela ciência



As muralhas de Jericó
E a muralha ruiu por terra... (J s 6.20).

O dr. John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-36), descobriu em suas escavações que o muro realmente "foi abaixo"; caiu, e que era duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco metros. O muro externo tinha dois metros de espessura e o interno, quatro metros. Os dois tinham cerca de dez metros de altura. Eram construídos não muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de través na parte superior, como a de Raabe, por exemplo, erguida "sobre o muro".

Garstang verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina, arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. O dr. Garstang pensa haver indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode ser, perfeitamente unia conseqüência da ação divina.

0s cristãos não possuem nenhuma dúvida quanto à existência das cidades mencionadas no Antigo e no Novo Testamento. Por isso, dificilmente julgamos necessário conhecer alguma documentação que comprove esse fato. Não obstante, sabemos que muitas obras religiosas não resistem à menor verificação arqueológica, o que contrasta imensamente com a Bíblia que, através dos séculos, tem seus apontamentos históricos e geográficos cada vez mais ratificados pela verdadeira ciência. Evidentemente, nossa fé não está baseada nas descobertas da ciência. Entretanto, não podemos ignorar os benefícios provindos dela quando seus estudos servem para solidificar a nossa crença.

O objetivo desta matéria é apresentar uma lista parcial de algumas cidades mencionadas na Bíblia e encontradas atualmente pelas escavações arqueológicas. Elaboraremos a lista apresentando suas respectivas evidências. Esclarecemos também essa seletividade porque há centenas de outras cidades que também foram evidenciadas pela arqueologia. O que faremos aqui, no entanto, é apenas uma breve introdução ao assunto.

Este artigo se propõe tão somente a lançar mais evidências ao fato de que a Bíblia não é um livro de ficção, de histórias inventadas por homens falíveis, mas, sim, inspirada por Deus, portanto, suas citações geográficas resistem à verificação arqueológica.

De fato, a Bíblia não só descreve esses lugares em suas páginas como também o faz com extrema precisão. Vejamos:

1. Siquém

Referência bíblica: "E chegou Jacó salvo a Salém, cidade de Siquém, que está na terra de Cariàã, quando vinha de Padã-Arã; e armou a sua tenda diante da cidade" (Gn 33.18;12.6; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações foram empenhadas em Siquém, primeiramente pelas expedições austríaco-alemãs em 1913 e 1914; posteriormente no período de 1926 a 1934, sob a responsabilidade de vários arqueólogos; e, por fim, por uma expedição americana no período de 1956 a 1972 [...] A escavação na área sagrada revelou uma fortaleza na qual havia um santuário e um templo dedicado a El-berith, `o deus do concerto'. Este templo foi destruído por Abimeleque, filho do juiz Gideão (Veja Jz 9) e nos proporcionou uma data confiável acerca do `período teocrático'. Recentemente, nas proximidades do monte Ebal (Veja Dt 27.13), foi encontrada uma estrutura que sugere identificar um altar israelita. Datado do 13° ou 12° século a.C., o altar pode ser considerado como contemporâneo de Josué, indicando a possibilidade de ter sido construído pelo próprio líder hebreu, conforme é descrito em Deuteronômio 27 e 28". (Horn, Siegfried H, Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan,1985, p.40).

2. Jericó

Referência bíblica: "Depois partiram os filhos de Israel, e acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão na altura de Jericó" (Nm 22.1; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Jericó foi a mais velha fortaleza escavada". (Horn, Siegfried H. Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p. 37)

"A cidade de Jericó é representada hoje por um pequeno montículo de área [...1 A cidade antiga foi escavada por C. Warren (1867), E. Sellin e C. Watzinger (1907-09), J. Garstang (1930-36), e K. Kenyon (1952-58)". (Achtemeier, Paul J., Th.D. Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).

"A primeira escavação científica em Jericó (1907-9) foi feita por Sellin e Watzinger em 1913". (The New Bible Dictionàry Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1962).

3. Arade

Referência bíblica: "Ouvindo o cananeu, rei de Arade, que habitava para o lado sul, que Israel vinha pelo caminho dos espias, pelejou contra Israel, e dele levou alguns prisioneiros" (Nm 21.1; 33.40; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações realizadas por Y. Aharoni e R. B. K. Amiran no período de 1962 a 1974 comprovaram a existên cia de Arade - 30 km ao nordeste de Berseba" (The New Bible Dictionary Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc.,1962).

"O local consiste em um pequeno monte superior ou acrópole onde as escavações revelaram ser a cidade da Idade do Ferro". (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper k Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

4. Dã

Referência bíblica: "E chamaram-lhe Dá, conforme ao nome de Dá, seu pai, que nascera a Israel; era, porém, antes o nome desta cidade Laís" (Jz 18.29; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"A escavação de Dá começou em 1966 sob a direção de Avraham Biran". (Horn, Siegfried H., Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p.42).

"Primeiramente chamada Laís, esta cidade é mencionada nos textos das tábuas de Mari e nos registros do faraó Thutmose III, no século XVIII a.C. É identificada como Tel Dá (moderna Tell el-Qadi) e localiza-se no centro de um vale fértil, próximo de uma das principais fontes de alimentação, o Rio Jordão [...] Tel Dá tem sido escavada por A. Biran desde 1966. A primeira ocupação no local remonta ao terceiro milênio antes de Cristo". (Achtemeier, Paul J., ThU, Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

5. Susã

Referência bíblica: "As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza" (Ne 1.1; Et 1.1; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações conduzidas por Marcel Dieulafoy no período de 1884 a 1886 comprovaram a existência da cidade de Susã". (Douglas, J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, Donald, Editors. Whos Who in Christian History Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992.)

6. Nínive

Referência bíblica: "E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levantate, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até a minha presença" (Jn 1.1,2; 2Rs 19.36; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Nínive foi encontrada nas escavações de Austen H. Layard no período de 1845 a 1857". (Douglas, J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, Donald, Editors. Who's Who in Christian History, Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992).

7. Betel

Referência bíblica: "Depois Amazias disse a Amós: Vaite, ó vidente, e foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza, mas em Betel daqui por diante não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e casa real" (Am 7.12,13; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"W. F Albright fez uma escavação de ensaio em Betel em 1927 e posteriormente empenhou uma escavação oficial em 1934. Seu assistente, J. L. Kelso, continuou as escavações em 1954, 1957 e 1960" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper'sBible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

8. Cafarnaum

Referência bíblica: "E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as dracmas?" (Mt 17.24; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Cafarnaum foi identificada desde 1856 e, a partir de então, tem sido alvo de escavações nos últimos 130 anos" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).

9. Corazim

Referência bíblica: "Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! peque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza" (Mt 11.21; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações na atual cidade deserta indicam que ela abrangeu uma área de doze acres e foi construída com uma série de terraços com o basalto da região montanhosa local" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper ando 10. 

10. Éfeso

Referência bíblica: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Efeso, e fiéis em Cristo Jesus" (Ef 1.1; grifo do autor).

"E encheu-se de confusão toda a cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem" (At 19.29) . A cidade em referência é Éfeso.

Evidência arqueológica:

"Arqueólogos austríacos encontraram em escavações, no século passado, um teatro de 24.000 assentos, bem como muitos outros edifícios públicos e ruas do primeiro e segundo séculos depois de Cristo, de forma que a pessoa que visita o local pode ter uma boa impressão da cidade como foi conhecida pelo apóstolo Paulo" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

11. Jope

Referência bíblica: "E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles." (At 9.38; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Durante escavações no local da antiga cidade de Jope (XIII a.C.) o portão da fortaleza foi descoberto..." (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).

Diante desta simples exposição, podemos afirmar como Sir Frederic Kenyon, que disse: "Portanto, é legitimo afirmar que, em relação à Bíblia, contra a qual diretamente se voltou a crítica destruidora dá segunda metade do século dezenove, as provas arqueológicas têm restabelecido a sua autoridade. E mais: têm aumentado o seu valor ao torná-la mais inteligível por meio de um conhecimento mais completo de seu contexto e ambiente. A arqueologia ainda não se pronunciou definitivamente a respeito, mas os resultados já alcançados confirmam aquilo que a fé sugere, que a Bíblia só tem a ganhar com o aprofundar do conhecimento".


Nota

1 Josh MCDOwELL, Evidência que exige um veredicto, vol. 1, Candeia, 1992, p. 83.
Christian Apologetics e Research Ministry
Revista Defesa da Fé - nº 57 - junho de 2003

Fonte: http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?Id=879